Querendo ser Cruel

Jael. Cruel. Rima fácil para atribuir ao matador. Apelido dado por torcedores de Bahia e Flamengo. Menos do Sport. Até então, a alcunha é fonte somente para a chacota dos rivais. “Jael é cruel… com a torcida rubro-negra”, brincam tricolores e alvirrubros. Mas o atacante possui “crueldade” suficiente para se vingar e derrubar os adversários. Titular absoluto do time, espera silenciar as críticas com gols e reviver os períodos áureos de temporadas recentes. Faro, tem de sobra.

Por falar em leão, o jogador tem o mascote rubro-negro no braço esquerdo, coincidentemente tatuado cerca de duas semanas antes de selar a vinda à Ilha do Retiro. De leão, com o perdão do trocadilho, também é a fome de Jael. “Sei que atacante vive de gols. Trabalho muito e nunca desanimo. O torcedor quer ver o camisa nove marcando. Perdi algumas oportunidades, mas tenho personalidade”, afirmou o atleta.

A média de Jael com a camisa do Sport é fraca. O atacante marcou cinco gols em 14 partidas (um em três da Copa do Brasil e quatro em 11 do Campeonato Pernambucano). Média de 0,35 por confronto. Ao desembarcar na Ilha, o jogador precisou fazer trabalhos de recuperação física à parte. Chegou acima do peso e fora de ritmo. Mas, rapidamente, conquistou a titularidade e viu se formar um rodízio de companheiros de posição, entre Jheimy, Willians, Ruan e o deslocamento de Marcelinho Paraíba ao ataque.

Jael não participou dos treinos de quarta-feira e ontem. Foi liberado pelo clube para viajar a Belo Horizonte, onde participou de uma audiência trabalhista. Segundo a assessoria de imprensa rubro-negra, o atacante vai retomar as atividades normalmente durante a tarde de hoje, na Ilha do Retiro - o expediente seria no CT José de Andrade Médicis, em Paratibe, mas houve mudança na programação.

O técnico Mazola Júnior não deve fazer mistério quanto à escalação. O ataque JJ (Jael e Jheimy) está confirmado, haja vista a lesão de Willians - com uma fratura na fíbula da perna direita, o atacante deve ficar de fora por ao menos dois meses.