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Mistério de Mazola é para os ouvidos, não para os olhos

Na véspera do Clássico dos Clássicos pela semifinal do Estadual, Mazola abre leque de possíveis mudanças

postado em 21/04/2012 07:03 / atualizado em 21/04/2012 11:07

Rodolfo Bourbon /Diario de Pernambuco

Mazola Júnior não tem algo a esconder para os olhos dos jornalistas. Mas sim, para os ouvidos. Ontem, o técnico rubro-negro fechou o treino em dois momentos. Abriu somente em um curto intervalo para a imprensa assistir a trabalhos leves, sem esboço de escalação, tática ou jogada ensaiada. O treinador, contudo, não se incomodou ao ver repórteres em prédios vizinhos à Ilha do Retiro durante os momentos de sigilo. “Quando eu faço treino tático direcionado, costumo espelhar o time de baixo (reserva) com o adversário. Eu uso os nomes dos jogadores do Náutico. Daí, para não expor tanto assim, resolvi fazer um trabalho secreto. Para ninguém ouvir”, explicou, antes de admitir ter ainda duas dúvidas.

“Tenho 48 horas para resolver as dúvidas”, despistou. As interrogações são conhecidas. Uma se refere à lateral esquerda. Renê e Julinho se revezaram durante os coletivos. Outra possibilidade de alteração é a saída de Jael, em função da ausência do atleta em dois recentes treinos, por ter viajado a Belo Horizonte para participar de uma audiência trabalhista - ontem, o jogador treinou normalmente. A mudança é pouco provável, mas o volante Rivaldo e o atacante Ruan brigam pela vaga. Eis o esboço da escalação: Magrão; Bruno Aguiar, Tobi e Edcarlos; Moacir, Hamilton, Marquinhos Paraná, Marcelinho Paraíba e Renê; Jael e Jheimy.

Mazola também deixou o Sport precavido de variações táticas do Náutico ao longo das decisões. “Conheço a característica ofensiva de Alexandre Gallo. O adversário vai fazer de tudo para reverter a situação nos Aflitos. Costuma até utilizar três atacantes”, avaliou o treinador, satisfeito com o desempenho dos treinos. “Sem dúvida, esta é a melhor semana de trabalho do Sport. Espero fechá-la com um grande resultado”, concluiu.

O Sport finaliza hoje de manhã a preparação para o duelo nos Aflitos, com um treino na Ilha do Retiro. Depois, segue ao regime de concentração. “Temos certeza da dificuldade desta semifinal. Chegar à final, certamente, vai ser mais difícil do que ter chegado entre os quatro primeiros. O formato de dois jogos dificulta muito”, analisou Mazola. Em um misto de competência e atuação “pé quente”, o técnico está invicto em duelos contra os rivais. Jamais perdeu para Náutico ou Santa Cruz. Por falar em clássico, quem quer se livrar do jejum de gol contra os grandes é Jael. O atacante marcou cinco vezes com a camisa rubro-negra. Todas contra equipes intermediárias.