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PE2012

Não é possível...

Sport pode até perder neste domingo por um gol de diferença que avançará à final

postado em 29/04/2012 13:26 / atualizado em 29/04/2012 13:30

Redação Superesportes /Diario de Pernambuco

HELDER TAVARES/DP/D.A PRESS
Um desafio aos torcedores rubro-negros: qual foi a última vez que o Sport perdeu para o Náutico por dois gols de diferença na Ilha do Retiro e foi eliminado do Campeonato Pernambucano? Vale consultar todas as fontes possíveis, a internet, os pais, avós… Quando encontrar a resposta, você saberá porque ir à Ilha do Retiro na tarde deste domingo é uma obrigação.

Uma dica é que quem tem menos de 40 anos não era nascido. Caso de todo o elenco leonino. Curiosamente, a derrota aconteceu no ano de nascimento do técnico Mazola. Foi em 1965, no terceiro título da série do hexacampeonato. Vitória incontestável por 2 a 0, com direito a volta olímpica. Passado que não se repetiu mais. Perpetuado, inclusive, por intervenção de alguns atletas do atual elenco, como o goleiro Magrão. O camisa 1 nunca perdeu para o Náutico na Ilha do Retiro.

Magrão chegou à Ilha do Retiro em 2005, ano ruim para o Leão - escapou do rebaixamento à Série C. O goleiro participou diretamente da recuperação rubro-negra. E segurou o Náutico na Ilha do Retiro. Não deixou mais ganhar. A última vez que o Náutico venceu na “jaula do Leão”, como se refere Mazola, foi em 2004, um ano antes da chegada do paredão. Por 3 a 1, na fase classificatória do Estadual. Na final, o Timbu bateu o Santa Cruz.

O retrospecto é amplamente favorável e, mesmo involuntariamente, deixa os jogadores tranquilos. Por isso a principal preocupação leonina, desde a vitória no último domingo, por 2 a 1, nos Aflitos, tem sido refutar qualquer espécie de favoritismo. Chegou ao cúmulo de recusar até mesmo a existência de uma vantagem. Que existe sim, e não é pequena. Primeiro o fator mando de campo. O Sport joga em casa. Depois, o placar. Até a derrota, desde que por um gol de diferença, serve para o Sport.

Quer mais? Tem sim. O técnico Mazola não tem problema algum para escalar a sua equipe. Ninguém foi expulso nem está machucado. O time entra com força máxima, confiante na sua principal estrela, Marcelinho, que mostrou estar com o instinto decisivo aguçado. Mesmo desperdiçando um pênalti nos Aflitos, fez os dois gols da vitória e assumiu a artilharia do Estadual com 14 gols.

Cautela
O cuidado rubro-negra está estendida a outro fator preocupante. O acúmulo de cartões. No primeiro jogo, oito atletas receberam a advertência: Marcelinho, Renê, Moacir, Hamilton, Edcarlos, Tobi, Julinho e Juan. Caso um deles receba o amarelo novamente e o time consiga a classificação, ficará pendurado e com o risco de desfalcar o time na grande final.

Cão de guarda
Com a promessa de um Náutico ofensivo neste domingo, a importância de Hamilton no meio-campo rubro-negro aumenta. O jogador é o principal marcador do meio-campo do Sport e vai tentar anular o setor de criação do rival. Precisa estar atento também na cobertura das laterais.