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Pernambucano

Sport e Santa Cruz ainda em busca do time ideal

Equipes chegam à final do PE2012 sem convicção de qual a melhor formação

postado em 03/05/2012 07:58

A definição de Sport e Santa Cruz como finalistas do Pernambucano parece finalmente ter empolgado os torcedores com a competição. E não é para menos. Ainda que alguns jogadores tentem desvincular as situações, é praticamente impossível não lembrar que, no ano passado, a dupla protagonizou momentos de muita emoção no Estadual. É bem verdade que tanto os rubro-negros quanto os tricolores alcançaram seus objetivos nas competições nacionais. Mas ambos renderam abaixo do que se imaginava. E mesmo com os grupos reformulados, os times chegam a mais uma decisão ainda procurando pelas formações ideais.

Comandado por Zé Teodoro, o Santa Cruz ingressou no Pernambucano de 2011 como figurante da briga de rubro-negros e alvirrubros pela hegemonia do hexacampeonato. Os tricolores surpreenderam, mostrando desde o início da competição que tinham condições de brigar pelo título. E assim o fizeram. Os torcedores do Leão, por sua vez, sofreram com as péssimas exibições de um time irregular.

No segundo semestre, a consistência abandonou o elenco coral. Os tricolores esbarraram em verdadeiras retrancas e ficou claro que diante de suas deficiências técnicas, o acesso seria dramático. Não menos que o do Sport. No embalo da perda do Estadual, os rubro-negros mergulharam numa crise no início da Série B, que culminou com a queda de Hélio dos Anjos na 6ª rodada. PC Gusmão substituiu o interino Mazola e foi substituído por ele na reta final. Ainda assim, os dois alcançaram seus objetivos. E chegaram em 2012 com filosofias diferentes.

Os tricolores resolveram investir pesado na contração de alguns jogadores mais experientes. A esperada evolução, porém, não veio. O time só alcançou a regularidade quando Zé Teodoro voltou a fazer da marcação a prioridade de sua equipe. Os rubro-negros também buscaram reforços de peso, mas o encaixe ainda não foi encontrado. As eliminações precoces de ambos na Copa do Brasil estão aí para provar que ainda há um longo caminho a ser percorrido. Que o título do Pernambucano seja o primeiro passo.

SPORT

GOLEIRO
Há muito a posição é cativa do goleiro Magrão. Assim como há muito o camisa 1 rubro-negro é amigo da regularidade. Chega para a decisão como um dos grandes pilares do Sport, em melhor fase do que o rival Tiago Cardoso.

DEFESA

A formação é a mesma do primeiro jogo da decisão de 2011, com três zagueiros. A configuração atual é melhor, no entanto. Com Bruno Aguiar e Edcarlos no lugar de Igor (Montoya) e Alex Bruno, o time ganha na segurança defensiva.

LATERAIS
Melhor na direita, pior na esquerda. Moacir vive um bom momento, ao contrário de Renato em 2011. Em compensação, a ala esquerda vive uma carência desde o início do ano. Wellington Saci pelo menos era contundente no ataque.

VOLANTES
O Sport deve entrar em campo mais reforçado. Com uma semelhança: a segurança de Hamilton. Em 2011, ele jogou ao lado de Daniel Paulista. Domingo, deverá ter a companhia de Marquinhos Paraná e Rivaldo.

MEIAS
Um dos grandes diferenciais do Sport neste ano está num setor que não sofreu qualquer mudança. O Sport continua com Marcelinho Paraíba como único armador. Neste ano, porém, o camisa 10 leonino mostrou mais poder de decisão.

ATAQUE

O Sport vivia uma crise no setor, com Ciro numa fase instável, Bruno Mineiro voltando de contusão e Carlinhos Bala contundido. Não houve melhora neste ano. Tanto que Mazola deve entrar com um jogador apenas no domingo: Jael.

RESERVAS
As opções são melhores neste ano. No ano passado, para tentar reverter a vantagem, o técnico Hélio dos Anjos apelou para Romerito, que vinha há muito afastado por conta de lesão, e os atacantes Tadeu e Pablo Pereira. Precisa dizer mais?

SANTA CRUZ

GOLEIRO
O nome é o mesmo, mas a fase é distinta. Em 2011, Tiago Cardoso chegou para a decisão como o grande destaque do sistema defensivo. Neste ano, não tem a mesma confiança, tendo falhado no primeiro jogo contra o Salgueiro.

DEFESA
A força na marcação era uma das características da equipe. Uma força reduzida. Leandro Souza, assim como Tiago Cardoso, caiu de rendimento. O melhor zagueiro  atualmente é William, que é melhor do que Thiago Mathias.

LATERAIS
O Santa Cruz precisou improvisar na ala direita em 2011, com Mário Lúcio e Memo. Neste ano, tem Diogo, que vem melhorando a cada partida. Na esquerda, não houve mudança no nome. Renatinho segue, mas bem mais experiente.

VOLANTES
Memo já vivia uma grande fase em 2011. E melhorou. É um dos jogadores mais importantes do Santa Cruz. Ao seu lado, contava com a experiência de Jeovânio. Neste ano, seu “parceiro” é Anderson Pedra, de estilo parecido.

MEIAS
O Santa Cruz necessitava da inspiração de Weslley, que vivia grande fase. Para a decisão deste ano, o time não conta com o “maestro”, machucado, mas viu Natan e Luciano Henrique crescerem no momento decisivo.

ATAQUE
Gilberto foi um dos heróis não só do título, mas também da final do Estadual. Contava com a disposição de Landu. Dênis Marques está crescendo, mas ainda está abaixo de Gilberto. E ainda não encontrou o seu parceiro ideal.

RESERVAS
Pelo nome, as opções atuais são melhores, como Carlinhos Bala. Mas o momento não é favorável aos “medalhões”. Algumas opções são iguais a do ano passado, como o zagueiro André Oliveira e os volantes Léo e Chicão.