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Final

A salvação do Estadual

Além de conquistar o título, Santa e Sport têm a missão de salvar o brilho do Estadual

postado em 06/05/2012 12:36 / atualizado em 06/05/2012 12:43

Redação Superesportes /Diario de Pernambuco

Os bons momentos existiram, não há como negar. Mas exclusivamente por conta dos resultados, de algumas sequências de vitórias. Nem Sport nem Santa Cruz, que neste domingo começam a disputar a 98ª taça do Campeonato Pernambucano, conseguiram estabelecer uma relação de confiança com o torcedor. A constatação disso está nas vaias sempre presentes. Um passado vivíssimo, que os jogadores têm o desafio de superar nos dois últimos jogos da competição. Em nome do futebol. O primeiro ato será neste domingo, no Arruda, às 16h.

A desconfiança e insatisfação das torcidas com a irregularidade, falta de atitude e as intervenções dos treinadores são tão presentes que muitos ainda devem escutar as últimas vaias. No caso do Santa Cruz, elas ainda perturbam. Ecoam na ameaça do técnico Zé Teodoro, feita após a suada vitória sobre o Salgueiro que assegurou a presença tricolor na final. O comandante não gostou das vaias recebidas quando substituiu Anderson Pedra por André Oliveira. Disse que não vai mais aceitar esse tipo de atitude dos torcedores. “Se isso acontecer novamente, eu saio do Santa Cruz”, sentenciou.

No Sport, a diferença foi apenas a reação do treinador. No segundo jogo da semifinal contra o Náutico, na Ilha do Retiro, Mazola também escutou muitas vaias. Muitas mesmo, durante todo a partida. Uma crítica à proposta defensiva do time. Foi “vaiado” também pelo atacante Jael, que criticou o esquema do treinador. Preferiu, como de costume, exaltar a pressão natural que um técnico do Sport sofre. “É um time grande. Sempre vai existir isso.”

Razão
Desculpas e justificativas à parte, é notório que a razão, desta vez, está do lado dos torcedores. Com exceção do Salgueiro, nenhum outro semifinalista do campeonato mostrou um desempenho condizente com o investimento realizado. O Sport, que tem a folha salarial mais cara, continua com extrema dependência de Marcelinho Paraíba. Muitas vezes, da bola parada de Marcelinho Paraíba, o que é pior. No rival, a dependência também existe, mas é no ataque. Basta observar que, quando Dênis Marques estava em campo e balançou as redes, o Santa Cruz venceu. E a esperança das torcidas de assistir a uma grande decisão começa por eles.