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Série A

As carências e os possíveis reforços de Sport e Náutico para o Brasileirão

Rivais ainda procuram reforços para fazer boa campanha na elite

postado em 21/05/2012 11:23 / atualizado em 21/05/2012 12:20

Brenno Costa /Diario de Pernambuco , Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Os erros nas contrações e as decepções no primeiro semestre fizeram Sport e Náutico traçar novos plaanos para os elencos. Contratações, dispensas e mudança no comando técnico foram as atitudes emergenciais adotadas pelas diretorias. Com o calendário apertado, porém, os times entraram na Série A ainda desfigurados. Os dois precisam de reforços da defesa ao ataque. Abaixo, o Superesportes lista as carências das equipes e os nomes cotados para ocupar o setor.

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Não é mais segredo que os leoninos têm encontrado dificuldade para montar o elenco para a Primeira Divisão. A realidade está presente no discurso da própria diretoria. O mercado inflacionado é o principal entrave a ser superado. No entanto, o calendário exige é cruel e exige rapidez. Do contrário, as rodadas se passam e os pontos ficam perdidos.

Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
Para começar, o setor defensivo precisa de um lateral esquerdo. Reinaldo, contratado junto ao Paulista, chega com boas referências. Porém, não é certeza de sucesso. Na reserva, o prata da casa Renê ainda busca a afirmação e tem sido preterido por Rivaldo, que já mostrou cair de produção quando atua deslocado do meio-campo. Para esse setor, já se comentou no interesse em Diego Renan, do Cruzeiro.

No meio-campo, os leoninos estão bem servidos de volante em quantidade. Ainda assim, Hamilton precisa de um substituto à altura. Afinal, Diogo Oliveira ainda não conseguiu reencontrar o futebol de campeão brasileiro apresentado no Fluminense, em 2010. Para esse espaço, porém, nenhum nome foi especulado ou confirmado. Ainda assim, é no setor criativo que o Sport está mais carente. Depois da "dispensa" de Marcelinho Paraíba, a equipe está sem o homem da transição.

Para o setor, o Sport pretendia anunciar Roger, do Cruzeiro. No entanto, o jogador sofreu uma lesão no joelho. Fato que esfriou o acerto. Outro nome que está lista do Sport é Renato Cajá, que estava na Ponte Preta. O jogador tem passe preso a um clube chinês, e os leoninos tentam a liberação. Além disso, o clube tentou o meia Hugo, ex-São Paulo e Grêmio, mas a pedida alta de salário (especula-se R$ 300 mil por mês) invibializou a contratação. Outra atleta procurado foi Felipe Menezes, que estava no Botafogo e pertence ao Benfica. No entanto, o clube português não teria liberado o meia.
Fato é, contudo, que o clube da Praça da Bandeira precisa de, pelo menos, três peças para a criação. Afinal, as opções que existem são Jackson e Anderson Paraíba, que ainda não se  firmaram nos profissionais, e Thiaguinho, lateral de origem. Existe a clara consciência de que a atuação diante do Flamengo foi um alento. No entanto, o nível só crescerá com uma maior quantidade e qualidade de jogadores.

No ataque, o cenário se repete. Felipe Azevedo chega com boas referências e acaba de conquistar a artilharia do Campeonato Cearense. Apesar disso, ele faz a função de segundo homem da linha ofensiva, caindo pelos lados. Precisa, além de um jogador para acirrar a disputa no setor junto com Marquinhos Gabriel, um outro centroavante, que estimule uma briga pela posição com Jael. Para o setor, Kieza, Fernando Baiano e Henrique, ex-São Paulo, estão na lista.
Maria Eugênia Nunes/Diario de Pernambuco


Náutico
Pode-se dizer que o único setor que o Náutico não precisa se reforçar é a cabeça de área. O time tem sete volantes no total, todos com condições de brigar pela titularidade. São eles: Derley, Souza, Elicarlos, Martinez, Glaydson, Ramirez e Auremir. A zaga alvirrubra também está bem servida. Pelo menos em quantidade, com Marlon, Ronaldo Alves, César Marques e Márcio Rosário. Resta saber se vão render.

Já para as laterais, o Timbu precisa correr de atrás de jogadores. Na direita, há apenas Alessandro - que está machucado na coxa. Auremir também pode cumprir a função, mas talvez ainda esteja "verde" para uma sequência na Série A e já foi provado que ele rende mais como volante. Na esquerda, o técnico Alexandre Gallo conta só com o recém-chegado João Paulo. O experiente Lúcio faz esse papel. Porém, o atleta chegou aos Aflitos para jogar no meio-campo, diante das dificuldades de mercado para trazer alguém qualificado para o setor.
Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
Sim, neste setor de criação o Náutico está bastante carente. Além de Lúcio, o elenco tem Breitner, Cleverson e Ramón, sendo ésse último o único "cabeça pensante" do time. Os outros dois exercem mais a função de terceiro homem de meio-campo. Portanto, a diretoria precisa correr atrás de um jogador "clássico", de preferência rodado e com bagagem na Primeira Divisão, para poder preencher essa lacuna.

O ataque alvirrubro é, sem sombra de dúvidas, a posição que mais necessita de atletas de qualidade. No mínimo dois. Araújo chegou para ser titular, é bem verdade. Entretanto, falta alguém para jogar ao seu lado, além de gente para o banco de reservas. Rodrigo Tiuí e Siloé não renderam nem mesmo no Campeonato Pernambucano 2012, de um nível baixíssimo. No Brasileirão, as expectativas não são nada animadoras.

O argentino Andrés Romero, contratado no começo deste mês, ainda é uma incógnita. Chegou-se a cogitar Jóbson, do Botafogo. Mas a direção não quis confimar o nome. O nome de Gilberto, ex-Santa Cruz, também foi falado. O Internacional, contudo, não deve liberá-lo. Para fechar o plantel, o Náutico corre atrás de quatro reforços: um atacante, um meia e dois laterais.
Maria Eugênia Nunes/Diario de Pernambuco