Diogo Oliveira na corda bamba

No início da temporada, o anúncio da contratação de Diogo Oliveira foi comemorado na Ilha. O volante teve uma grande passagem pelo Fluminense em 2010 - quando o clube carioca sagrou-se campeão brasileiro. Entretanto, os desempenhos com a camisa rubro-negra foram frustrantes. Como assinou um contrato mais longo e tem uma multa rescisória de valor elevado, os dirigentes estudam o caso com cautela.

Alguns fatores contribuíram diretamente para o mau rendimento. Assim que chegou, Diogo colocou-se à disposição de Mazola para atuar fora de sua posição de origem. O cabeça de área passou a ser escalado para fazer a função de segundo volante. A sucessão de erros, principalmente na saída de bola, deteriorou sua relação com a torcida. Mas foi uma falha na final do Pernambucano que praticamente decretou o fim da linha para o jogador. No segundo tempo, quando o Santa Cruz já vencia por 2 a 1, Diogo vacilou ao tentar dominar uma bola e sequer reagiu enquanto o meia Luciano Henrique arrancava para ampliar a vantagem coral.

Pronto. O volante virou um dos símbolos do fracasso no Estadual.  Por isso, a permanência dele está ameaçadíssima. Integrantes da comissão técnica e dirigentes estudam a melhor solução para o caso. Alguns ainda acreditam que com a chegada de Mancini, o volante pode voltar a encontrar o bom futebol. A ideia é de poupá-lo de algumas partidas até que recupere a confiança e que a insatisfação da torcida diminua.

Por outro lado, há quem defenda que segurar o jogador no elenco possa aumentar a pressão da torcida sobre a diretoria. O problema é que a multa rescisória gira em torno de R$ 2 milhões. Assim, uma das alternativas é utilizar Diogo Oliveira, que ainda tem alguma moral no mercado, como moeda de troca.