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Série A

Sport enfrenta o Inter cheio de improvisações

Laterais e meio campo somam cinco adpatações

postado em 24/06/2012 14:47 / atualizado em 24/06/2012 15:07

Celso Ishigami /Diario de Pernambuco

Brenno Costa/DP/D.A Press
A semana foi complicada. A derrota para o Bahia - a segunda consecutiva neste Brasileirão - desencadeou a crise na Ilha do Retiro. A performance e os resultados nem eram o principal alvo da ira da torcida, mas sim a aparente inoperância dos dirigentes. As evidentes carências do time, a “dispensa” de Hamilton e a ausência do anúncio de reforços esgotaram a paciência dos rubro-negros. Até mesmo um protesto (pacífico) foi deflagrado. Na quinta-feira, a contratação de Cicinho esfriou a animosidade que cercava o clube. Mas a fase ruim não chegou ao fim. Uma derrota em casa para o Internacional, neste domingo, no confronto que começa às 18h30, pode jogar o Leão dentro da zona de rebaixamento.

O problema é que o técnico Vágner Mancini tem um grupo esfacelado em mãos. Além das carências do elenco, as lesões o obrigam a conjugar um verbo indesejado pelos treinadores: improvisar. E não são em poucos setores. O Sport vai encarar o Inter com dois volantes nas laterais, um zagueiro na cabeça de área e com um atacante e um lateral no meio de campo.

A “versatilidade” passou a ser uma das virtudes mais citadas nos últimos discursos. Talvez, para maquiar as dificuldades. Ainda que Tobi tenha assumido o posto de zagueiro desde que chegou à Ilha, no início de 2010, alguns lembraram que ele foi contratado como volante. “Realmente já estava acostumado com a zaga, mas não cabe a mim decidir onde vou atuar. Quero ajudar e confio plenamente nas escolhas do nosso treinador”, pontuou o defensor.

 

Situação semelhante a de Thiaguinho, que começou a carreira na cabeça de área, atuou nas duas laterais e na criação. No Sport, foi destacado para a meia por alguns treinadores e é neste setor que tem jogado desde a chegada de Mancini. “Hoje em dia, se o jogador não estiver pronto para desempenhar várias funções, acaba ultrapassado. E comigo não tem isso. Eu quero é jogar”, justificou.

Um dos principais reforços da temporada, Felipe Azevedo chegou respaldado pela artilharia no Ceará. Assumiu a camisa 9 imediatamente. Hoje, entretanto, jogará mais recuado, entre Thiaguinho e Willians. “Não é problema nenhum. Gosto de jogar de frente para o gol e não tenho dificuldade em conduzir a bola. Fizemos vários treinamentos ao longo da semana e chegamos em boas condições”, ressaltou.

Com tantos desfalques, Mancini foi impelido a mexer também no esquema da equipe. O 4-4-2 observado nas rodadas anteriores deu lugar a um ousado 4-2-3-1. Tobi e Rithely seguem cuidando da cabeça de área, mas o treinador abriu mão de um atacante para ocupar melhor o meio de campo. Isso não implica necessariamente na adoção de uma postura mais defensiva. As características das peças devem deixar o time mais leve e consequentemente mais veloz. Resta saber se as mudanças surtirão o efeito desejado diante de uma equipe com valores como D’Alessandro, Oscar, Dagoberto e Leandro Damião.

Arte DP