Quem vai comandar o ataque do Sport?

No começo, as opções eram escassas. Ou melhor, não haviam opções. Na primeira rodada da Série A, um exemplo concreto. O técnico Vágner Mancini acompanhou de camarote um time rubro-negro desconfigurado ofensivamente. Diante do Flamengo, a equipe atuou com Thiaguinho na meia, Marquinhos Gabriel deslocado para o ataque e Felipe Azevedo como centroavante. Era um claro sinal de que o grupo estava carente de opções. Daquela maneira, dificilmente, teria um futuro promissor na Série A. A sequência dos fatos só veio confirmar o que já se esperava. A necessidade por reforços era urgente.

Oito jogos depois, todavia, o cenário está prestes a mudar. Com as contratações de Gilberto, Magno Alves e Felipe Menezes, o treinador passa a ter a possibilidade de escolher o melhor para o ataque. Antes, não havia concorrência. Estava em campo apenas o que se tinha no elenco. Agora, enfim, Mancini já pode começar a fazer um exercício e escolher como vai posicionar o novo ataque.

Felipe Menezes junto Marquinhos Gabriel no meio-campo? Ou o novo camisa 10 pode jogar centralizado, com Henrique e Felipe Azevedo mais abertos alimentando o centroavante Gilberto? Nesse último caso, Mancini teria a possibilidade de repetir um estilo de jogo parecido com o que implementou no Vitória, em 2009, e que ganhou a maior projeção no cenário nacional de sua carreira. Mas, nesse último caso, Magno Alves ficaria de fora. Seria correto deixar o experiente atleta de fora?

Diante da Portuguesa, portanto, a torcida rubro-negra certamente terá a possibilidade de ver um novo setor ofensivo. Um alento. Afinal, diante do Corinthians, a equipe desperdiçou vários gols na primeira etapa. Pagou por isso já que, no segundo tempo, não conseguiu manter o fôlego inicial e acabou comemorando o empate como uma vitória.

Já na defesa...
Agora que o ataque rubro-negro passa a ficar rico de opções, as atenções da diretoria devem se voltar para a defesa do Sport. Desde o Campeonato Pernambucano, a dupla formada por Bruno Aguiar e Edcarlos não entrou em total sintonia. Além disso, a lateral esquerda parece estar à espera do seu camisa 6. Não à toa, os dirigentes procuram peças para essas duas funções. A ansiedade, porém, pode diminuir no momento em que Willian Rocha for liberado pelo departamento médico. O jogador está na fase final de recuperação de uma cirurgia no joelho e pode retornar aos treinos normais em menos de dois meses.