Em má fase, Cicinho sequer foi relacionado

O anúncio de seu nome gerou uma grande euforia entre os rubro-negros. Ainda que seu retrospecto recente não fizesse juz à expectativa sobre sua carreira, Cicinho foi apontado como uma das maiores contratações da história do Sport. Disposto a colocar a carreira no trilho certo, mostrou que ainda tem muita qualidade no apoio. As falhas na cobertura, porém, custaram-lhe a titularidade. E contra o Figueirense, pela segunda partida consecutiva, o jogador sequer figura na relação de concentrados.

Campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes com o São Paulo e da Copa das Confederações com a Seleção Brasileira (tudo em 2005), o lateral chegou à Ilha do Retiro com um discurso humilde. Precisando reencontrar o caminho do sucesso após arriscar a própria carreira com uma vida desregrada, prometia ser apenas mais um no elenco. E logo nos primeiros treinamentos, mostrou disposição para cumprir sua palavra.

Em busca do condicionamento físico ideal, trabalhava com dedicação, sob a batuta do rigoroso departamento de fisiologia rubro-negro. Antes mesmo de alcançar a melhor forma, sua qualidade técnica acabou convencendo o técnico Vágner Mancini de que merecia uma vaga entre os titulares. Oscilando - como o restante do time - Cicinho passou a ser contestado por parte da torcida, principalmente após a goleada diante do Atlético-MG, na Ilha do Retiro. Muitos criticavam a facilidade com a qual o lateral fora driblado por Ronaldinho Gaúcho no lance do segundo gol do Galo.

Na rodada seguinte, voltou a falhar. Logo no início do confronto com a Ponte Preta, foi driblado perto da linha de fundo por Rildo, que deu a assistência para André Luís marcar o gol da Macaca. Em seguida, após a apatia rubro-negra na partida com o Atlético-GO, Mancini viu-se obrigado a promover mudanças na equipe. Entre elas, a opção por deixar a lateral direita sob a responsabilidade de Moacir. Mas, ao que parece, Cicinho não reagiu muito bem ao banco.

A disposição de antes deu lugar a um claro abatimento. Comportamento que pode justificar a decisão do comandante leonino de sequer relacioná-lo para o jogo com o Vasco. E como não houve evolução deste cenário, Cicinho segue fora dos planos do treinador. O lateral também não está entre os concentrados para a partida deste sábado, com o Figueirense. Com dificuldades em esconder a insatisfação, foi o próprio jogador que confirmou o veto.

Vale destacar que Mancini teve participação direta na contratação de Cicinho, além de ter ressaltado as qualidades do jogador em diversas oportunidades. Por isso, não seria de se estranhar o retorno do atleta à titularidade. Desde que o jogador volte a mostrar a postura aguerrida nos treinamentos.