Contra o Botafogo, Sport quer fugir da zona de rebaixamento do Brasileiro

Com uma enorme responsabilidade sobre os ombros, os rubro-negros entram em campo às 21h50, no Engenhão, para um importante encontro com o Botafogo. Com a demissão de Vágner Mancini, o peso das cobranças sobre o elenco aumentou e os jogadores sabem que devem uma resposta à torcida. Além disso, um novo tropeço deve implicar na entrada da equipe na temida zona de rebaixamento. Para evitar o pior, o auxiliar técnico Gustavo Bueno promoveu mudanças significativas na formação do Sport.

Os 14 pontos conquistados até esta 17ª rodada colocam os rubro-negros numa incômoda 16ª colocação. Apenas um ponto à frente de Palmeiras e Bahia, que ocupam a 17ª e a 18ª posições, respectivamente. Os rubro-negros sabem que a gordura acumulada no início do Brasileiro já está rendendo muito mais do que se esperava e que precisam voltar a vencer. Algo que o time não faz há sete rodadas. De volta à zaga após cumprir suspensão automática, Diego Ivo reconhece que o time não tem muitas alternativas. “Já perdemos o que tínhamos de perder. Agora, só podemos pensar em ganhar”, destacou.

O desafio desta noite, entretanto, está longe de ser simples. Tentando se reaproximar da parte de cima da tabela, o Botafogo quer voltar a vencer em casa e aposta na força de seu meio de campo para conquistar os três pontos. Prevendo dificuldades no setor, Bueno apostou na mudança do esquema tático que vinha sendo adotado por Mancini. O Sport passará a jogar no 4-4-2, com três volantes na proteção da zaga. E, surpreendentemente, um dos escolhidos é Naldinho, que depois de jogar na estreia da Série A - no empate por 1 a 1 com o Flamengo - sequer foi relacionado em outra rodada.

A justificativa de Bueno é que a formação com Tobi, Rithely e Naldinho dará uma maior consistência à cabeça de área leonina. Vale lembrar que Rivaldo foi deslocado para a lateral esquerda, substituindo o contestado Reinaldo. “O Botafogo tem uma equipe de muita qualidade, principalmente no meio de campo, com jogadores como Andrezinho e Seedorf. Por isso, optei por reforçar este setor. E como não podemos abrir mão de jogar futebol quando tivermos com o controle da bola, escolhi Naldinho, que tem uma boa qualidade de passe, além de ser um jogador veloz”, pontuou.

O setor ofensivo também terá uma formação inédita. No lugar de atuar com Felipe Azevedo e Marquinhos Gabriel pelas pontas e com Gilberto como referência, o Sport terá dois atacantes mais próximos da grande área adversária: Azevedo e Gabriel, que serão municiados pelo meia Hugo, responsável pelas criações das jogadas.