Sport

Estrutura

O intocável

Esquema com quatro jogadores na linha de frente será mantido pelo técnico Vadão

postado em 15/01/2013 09:40

Brenno Costa /Diario de Pernambuco

(PAULO PAIVA/DP/D.A PRESS)
Na virada de uma temporada, a mudança do comando técnico costuma gerar uma reformulação profunda dentro e fora de campo. Mas o Sport, pelo menos no começo desta temporada, corre contra o senso comum. Reforços foram trazidos apenas para cobrir as lacunas da equipe, e a base do elenco foi mantida. A filosofia de continuidade também resultou em uma novidade. A estrutura tática do time que terminou a Série A do ano passado foi adotada pelo técnico Vadão. E, assim, o Leão da Ilha começa o ano com a promessa de manter o poderio ofensivo que terminou o Brasileiro.

O esquema 4-2-3-1, na realidade, foi adotado primeiramente pelo técnico Vagner Mancini, mas não surtiu efeito. Na ocasião, o técnico abriu mão de contar com Cicinho, por exemplo, e ainda não tinha Hugo em plenas condições físicas. O resultado foi desastroso. O treinador foi demitido e outros dois comandantes, com esquemas distintos, estiveram à frente da equipe sem sucesso. Sergio Guedes assumiu o posto e não evitou a queda, mas deu alma ao time. Principalmente, no ataque. Com ele, em apenas dez jogos, o Sport passou a média de gols de 0,85 para 1,5.

Pegando o embalo, o técnico Vadão começou a temporada ensaiando a equipe no mesmo esquema e deve repeti-lo no amistoso de hoje contra o Boca Juniors-SE, em Maceió, a partir das 15h. Por enquanto, a estrutura ofensiva só teve uma mudança. Hugo, Felipe Azevedo e Gilsinho ganharam a companhia de Roger, o substituto de Gilberto. Porém, Marcos Aurélio já começa a fazer sombra e pode aparecer entre os 11 titulares.

Uma das peças responsáveis eficiência ofensiva do Rubro-negro, Felipe Azevedo acredita que a continuidade do esquema será fundamental para o sistema ofensivo continuar com bom volume de jogo. “Esse esquema facilita bastante porque está jogando junto há um tempo. Eu, Gilsinho e Hugo continuamos no meio. Só mudou a entrada de Roger, que atua mais enfiado”, disse o atacante.

Para o atleta, na realidade, a entrada de Hugo na equipe durante o Brasileiro do ano passado foi peça fundamental para o sucesso do esquema. Algo que não aconteceu na Era Mancini. “Não deu liga. Na época (de Mancini), o time tinha eu, Thiaguinho e Marquinhos Gabriel. Depois, tiveram as mudanças de peças e começou a dar liga”, afirmou.

Números

No 4-2-3-1 de Sérgio Guedes

15
gols em 10 partidas

1,5
gol é a média por jogo

38,46%
do total de gols marcados

5
gols foram marcados por Hugo, o artilheiro da Era Guedes

No resto do Brasileiro

24
gols em 28 partidas

0,85
é a média por jogo

61,53%
do total de gol marcados