Sport

Análise

Depois de falhar em três dos últimos gols sofridos, Magrão começa a ser questionado

Sport sofreu mais gols ao longo da campanha do que três dos quatro times que compõem o Z4

postado em 12/08/2013 08:08 / atualizado em 12/08/2013 08:20

Celso Ishigami /Diario de Pernambuco

Nando Chiappetta/DP/D.A Press
Essa é uma daquelas matérias que originam polêmicas desde a concepção. Falar de Magrão em sua fase atual é mexer num vespeiro. O tema foi levantado na redação do Superesportes, seguido de uma discussão imediata. Em pouco tempo, entendemos que deveríamos estendê-la aos nossos leitores. Revisamos todos os 23 gols sofridos pelo Sport durante esta Série B e analisamos o desempenho do goleiro nos lances. O paredão rubro-negro não vive um bom momento. Não fosse um dos maiores ídolos da história do Sport, poderia até já ter perdido a titularidade para Saulo. Mas seu passado age em seu favor. Como deve ser.

Um dado curioso serve como passo inicial para a análise. Marcando presença no G4 há seis rodadas, o Sport sofreu mais gols ao longo da campanha do que três dos quatro times que compõem o Z4 hoje. E está empatado com o outro. Na verdade, os números da defesa rubro-negra são melhores apenas do que os do Figueirense, os do ASA (ambos sofreram 24 gols) e os do Icasa (sofreu 28). E, diferentemente do que se viu em outras temporadas, desta vez, Magrão tem dado sua contribuição para este quadro.

O levantamento dos gols sofridos pelo Leão apenas ratificou o que muitos torcedores já haviam percebido. O principal calo do camisa 1 são os chutes de média e longa distância. Foram seis gols a partir deste fundamento. O que não quer dizer que ele tenha falhado em todos. Longe disso. No nosso entendimento, somente em uma dessas vezes a culpa pode ser atribuída a Magrão: o gol de Jorginho, na vitória sobre o ASA.

Neste mesmo jogo, entretanto, ele voltaria a falhar, espalmando a bola nos pés de Osmar. As reações só não foram mais negativas porque o Sport acabou vencendo aquele confronto por 4 a 2. “O goleiro, quando tem estrela, falha quando o time ganha”, disse, depois da partida, o técnico e ex-goleiro Marcelo Martelotte. Mas nem sempre foi assim. Na derrota para o Bragantino, Magrão saiu mal na cobrança de escanteio do primeiro gol da equipe paulista.

A fase, diga-se, não começou nesta Série B. Desde o ano passado, quando viveu um dos momentos mais conturbados de sua carreira por conta de lesões musculares, Magrão tem oscilado e já não é mais uma unanimidade.