Sport

Ídolo

À beira da '11ª decisão' pelo Sport, goleiro Magrão rechaça aposentadoria

Com o bom humor tradicional, arqueiro afirmou que, quando parar de jogar, ninguém vai nem perceber: "Sou tão discreto", disse

postado em 14/04/2014 17:25 / atualizado em 14/04/2014 18:57

Daniel Leal /Diario de Pernambuco

Paulo Paiva/DP/D.A Press
Quem acompanha as entrevistas e o dia a dia do Sport já sabe: quando a entrevista coletiva é com o goleiro Magrão, certamente é porque a conversa vai "render". Um dia após defender a penalidade que ajudou a colocar o Leão na decisão do Estadual eliminando o Santa Cruz, o paredão rubro-negro acabou sendo questionado sobre o Náutico, equipe que enfrentará na decisão e, em meio às perguntas, voltou-se à tona o tema “aposentadoria”. Acostumado ao assunto, Magrão tratou tudo com normalidade e bom humor.


Na verdade, Magrão foi perguntado, caso conquiste o estadual, este não seria um ano ideal para "sair por cima", com no mínimo dois títulos (some o Nordestão). Ele revelou que até andou pensando no tema recentemente. "Até esses dias estava pensando, sou tão discreto que vai ter jogo aí que, quando vocês (imprensa) olharem, vão perguntar: ‘Cadê Magrão?'. Se aposentou. Vai ser assim, uma coisa discreta", afirmou.


"Então, quando acontecer isso, vai ser discreto assim, vai pegar todo mundo de surpresa, mas não penso nisso agora. Até mesmo porque tem que pensar na final agora, temos um jogo importante com o Náutico. Isso vai acontecer naturalmente, acredito que não está perto", tranquilizou o goleiro. Questionado sobre quão difícil seria essa discrição, ele respondeu: "Da minha parte, sim. O problema é a torcida, diretoria, que envolve tudo. É algo que, quando chegar, vai acontecer naturalmente. Meu pensamento, meu foco é em conquistar esse título e vitórias para o clube."


Humildade
Frente ao Timbu, Magrão vai para a "11ª decisão" na carreira - em algumas ocasiões, ele não chegou a disputar uma final pois o Sport conquistou o título antecipado. Perdeu apenas três. Ovacionado, ídolo da torcida e com pedidos recorrentes de estátua dele na Ilha do Ilha do Retiro. Tanto carinho jamais foi pretendido pelo goleiro.

"Nunca imaginei. Como eu falei, por ser uma pessoa tranquila, nunca procurei ser ídolo, ter a mídia toda em cima, nem ser idolatrado pelas pessoas. Foi algo que aconteceu naturalmente e eu só tenho que agradecer ao torcedor esse carinho pelo meu trabalho e isso aumenta a cada dia meu prazer em jogar, treinar e retribuir tudo isso", pontuou.