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PE2014

Final deve ter um Sport jogando para frente e um Náutico precavido na Ilha

Eduardo Baptista vai manter a base da equipe que eliminou o Santa Cruz. Lisca, mais uma vez, terá problemas para armar a equipe alvirrubra

postado em 16/04/2014 07:38 / atualizado em 16/04/2014 07:59

Celso Ishigami /Diario de Pernambuco , João de Andrade Neto /Esportes

Paulo Paiva/DP/D.A Press
A bola só começa a rolar a partir das 22h, mas imaginar o cenário deste primeiro Clássico dos Clássicos da final do Pernambucano não é tão complicado. Pelas características dos dois times e pelo fato de a Ilha do Retiro ser o palco deste encontro, a expectativa é que o Sport tome a iniciativa do confronto e que o Náutico adote uma postura mais conservadora. Mas se alguém acredita que isso deixa os rubro-negros numa posição confortável, é bom lembrar que o retrospecto entre os rivais favorece os alvirrubros.

Embalado pelo tricampeonato do Nordeste e pela eliminação do Santa Cruz nas semifinais, o Leão chega a esta decisão do Estadual com a confiança em alta. O desempenho do time nos jogos eliminatórios provou que o Sport se sente à vontade neste tipo de partida. Levando em consideração o Nordestão e o Pernambucano, foram quatro vitórias, dois empates e duas derrotas em jogos com este perfil. E justamente por isso, os rubro-negros estão bem cientes da importância do resultado deste primeiro encontro da final.

A empolgação do Timbu com a decisão também não pode ser ignorada. Apesar de o elenco ter passado por uma reformulação quase completa e da série de importantes lesões, o Náutico terminou a fase classificatória na liderança. Posição conquistada na última rodada, justamente contra este mesmo Sport, na Ilha do Retiro. E há um motivo – além do óbvio – que potencializa a importância do jogo desta noite para os alvirrubros.

Quem acompanhou os confrontos do Náutico contra Sergipe e Salgueiro, na Arena Pernambuco, constatou a dificuldade que o time de Lisca enfrenta para propor o jogo. Por mais que o Timbu tenha alcançado suas metas nas duas oportunidades, o torcedor sofreu bastante até os gols que levaram as decisões para os pênaltis. Isso, contra sistemas defensivos significativamente mais frágeis que o do adversário desta noite.

As nuances do encontro levaram os dois lados a adotarem a cautela em seus discursos. Para o técnico Lisca, por exemplo, é fundamental que seus atletas esqueçam os encontros anteriores com o Leão. “O fato de a gente ter vencido dois jogos lá não dá tranquilidade nenhuma. Foram jogos em fases classificatórias. É bem diferente. Além do que não temos vantagem nenhuma. Se entrarmos muito tranquilos, corremos o risco de ser atropelados”, ressaltou. Ewerton Páscoa, por sua vez, lembrou: “Estamos com o sinal de alerta ligados. As duas primeiras vezes, disseram que a gente era favorito, mas o Náutico jogou por uma bola e saiu vencedor.”

Segurança

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policiais farão o esquema de segurança para o primeiro Clássico dos Clássicos que vai decidir o campeão de 2014

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no lado de fora do estádio

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dentro da Ilha do Retiro

Os confrontos da temporada

Sport 0x1 Náutico - 23/1

Era apenas o segundo dos dois times na temporada e valeu a quebra de quase 10 anos sem vitórias alvirrubras na Ilha. O Sport, ainda treinado por Geninho, tinha Naldinho no meio de campo, enquanto no Timbu, Rodrigo Possebon era o volante.

Náutico 0x3 Sport - 2/2

Logo em sua estreia, o técnico Eduardo Baptista promoveu uma mudança no esquema do Sport. Estratégia que mantém até hoje. No Timbu, após falhar no segundo gol, Gideão perdeu espaço no time.

Náutico 2x1 Sport - 27/2

Partida polêmica, com dois pênaltis não marcados a favor dos rubro-negros. Hoje lesionado, Pedro Carmona foi o nome da partida ao marcar os dois gols alvirrubros.

Sport 0x1 Náutico - 30/3

Jogo que valeu a liderança do hexagonal. No Sport, nove jogadores que atuarão hoje estavam em campo. Pelo Náutico esse número é de sete atletas.