Advogado da Torcida Jovem justifica atitude de entrar na Justiça contra o Sport

O advogado da torcida Jovem, Maury Dantas, justificou a decisão de entrar na Justiça contra o Sport - além de Ministério Público, Federação Pernambucana de Futebol (FPF) e os rivais Náutico e Santa Cruz. Segundo ele, a intenção é fazer com que todos cumpram exigências contidas no Estatuto do Torcedor, que norteiam o tratamento dos torcedores.

Segundo Maury, a medida não visa tentar o retorno das organizadas aos estádios (nesse caso, a organizada se defende no processo instaurado pelo Ministério Público). “O que a gente quer é que os clubes e demais entidades cumpram determinações do Estatuto, como o direito a um plano de ação, que garante facilidade no acesso aos estádios, segurança e transporte adequados”, explicou o advogado.

Maury garantiu que a torcida Jovem está disposta a cumprir a sua parte no combate à violência nos estádios e listou algumas medidas tomadas nesse sentido. “Entregamos à FPF, nas mãos de Murilo Falcão, um cadastro com o nome de 1.500 integrantes; entramos em contato com o Batalhão de Choque, informando os principais pontos de conflito na cidade; e fizemos uma parceria com o CORE (da Polícia Civil), apurando, após todos os jogos, se havia alguém da torcida envolvido em alguma confusão”, afirmou.

O representante da torcida organizada critica os clubes, repassando para as autoridades  a responsabilidade pela violência nos estádios. Segundo ele, a intenção da ação na Justiça é “fazer valer os nossos direitos de torcedor”. “Os órgãos e clubes não estão cumprindo com as suas funções. Não temos transporte para sair do estádio, nem um acesso decente. Não há um monitoramento nos estádios, que permitam identificar quem faz confusão. Por isso, todas as medidas tomadas são generalizadas”, argumentou Maury.