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Com experiência de quem já foi alvo, Renê defende Érico Júnior: "Ninguém aqui está de sacanagem"

Lateral esquerdo lamentou postura da torcida do Sport, que tem pego no pé do atacante

postado em 19/09/2014 08:47 / atualizado em 19/09/2014 08:49

Daniel Leal /Diario de Pernambuco

Julio Jacobina/DP/D.A Press
Renê e Érico Júnior têm muito em comum. O primeiro tem 22 anos, o segundo 21. Ambos são formados nas divisões de base do Sport. E tiveram um início de carreira conturbado, com uma pressão desumana por parte da torcida rubro-negra. A diferença está no tempo. Para Renê, a pressão é algo superado. Para Érico, algo presente, bastante pesado. Com a experiência de quem sabe o que o companheiro está passando, Renê saiu em defesa do amigo e, de forma incisiva, criticou a postura da torcida.

"O que fizeram com Pelezinho (Érico) não concordo. Se querem vaiar, que esperem acabar o jogo. O partida (contra o Inter) estava 0 a 0, não tinha necessidade de vaiar quando ele ia entrar. Espero que isso não se repita mais", afirmou Renê. O lateral, inclusive, afirmou que não só ele, mas os demais companheiros vêm prestando solidariedade ao atacante. "A gente sempre vem apoiando. Pelezinho vem ajudando a equipe da melhor maneira, mas tem dias em que as coisas não dão certo, não é só com ele. Ontem (quarta-feira), antes de entrar ele já foi vaiado. Infelizmente machucou-se, mas até onde pôde, nos ajudou", acrescentou.

Érico foi vaiado pela primeira vez de forma mais exacerbada na antepenúltima rodada, quando o Leão venceu o Santos por 3 a 1, na Arena Pernambuco. De fato, o jogador não fez uma boa partida e, chateada com isso, a torcida o vaiava a cada toque na bola. A cena voltou a se repetir nesta última quarta-feira, contra o Internacional. Nesse caso, porém, foi pior. As vaias vieram antes mesmo de o jogador entrar em campo e se estendeu a cada sobre qualquer mínimo erro do atacante.

Experiente

Antes do técnico Eduardo Baptista assumir o time, Renê figurou em algumas possíveis listas de dispensas no Sport. Deu a volta por cima, mas conheceu bem a face negativa da torcida rubro-negra. "É triste, quando isso acontecia comigo o professor pedia para a gente esquecer o que vinha de fora e pensar só no que estava em campo. Eles (torcida) acham que escalam o o time, mas quem está dentro está dando o melhor. Ninguém está de sacanagem, a gente corre para car%$#@, infelizmente tem time que não dá para ganhar", detonou.