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"Não faz gol, como é que vai ganhar?": Desabafo de Rithely escancara crise do ataque do Sport

Na derrota para o Inter, Leão finalizou nove vezes, mas apenas uma foi no gol

postado em 26/05/2016 18:54 / atualizado em 27/05/2016 07:50

Alexandre Barbosa /Diario de Pernambuco

Ricardo Fernandes/DP
"O time não faz gol, como é que vai ganhar?" O desabafo do volante Rithely, na saída do campo, após a derrota por 1 a 0 para o Internacional, nesta quinta-feira, no Beira-Rio, resumiu o sentimento do torcedor do Sport e confirma o que as estatísticas da partida mostram. Das nove finalizações do Leão no jogo, apenas uma foi no gol de Danilo Fernandes.

O volante Serginho foi o autor da única finalização correta do Sport em todo o jogo desta quinta-feira. A inoperância do ataque foi, mais uma vez, o problema mais grave do time, que ajustou a marcação, com a presença de dois cabeças de área. Quando roubava a bola, o Leão sofria ao fazer a transição. E mesmo quando chegava na frente, os jogadores do setor ofensivo não davam seguimento à jogada.

O jogador mais criticado até o momento tem sido o atacante Vinícius Araújo. Peça nula em campo, ele tem sido insistentemente escalado por Oswaldo Oliveira. Ele carrega a estatística de 213 minutos sem uma finalização para o gol sequer (não chutou nenhuma vez para o gol até o momento no campeonato). Após o jogo com o Internacional, o treinador evitou comentar sobre a atuação do jogador. "A questão de falar individualmente de jogadores, após uma derrota, não é ética. Então evito fazer isso. É uma coisa que tem que ser feita entre quatro paredes. E eu vou fazer o meu julgamento", afirmou o treinador.

Para se ter uma ideia da crise ofensiva do Sport, nos últimos 15 jogos, o Rubro-negro marcou apenas sete gols. Em nenhuma dessas partidas, marcou mais de uma vez no mesmo confronto. A última vez que o time marcou mais de um gol num jogo foi contra o Botafogo-PB, no dia 23 de março, quando venceu por 3 a 1.

Oswaldo Oliveira voltou a justificar a deficiência no ataque com o desemanche sofrido no setor ao fim da temporada passada. "Essa é uma questão que já falamos. O setor ofensivo do Sport teve muitas mudanças. Mesmo trazendo outros jogadores, o entrosamento, a evolução da equipe ficam prejudicados. O Sport tirou seis jogadores de frente do ano passado. Isso acaba afetando o momento de finalizar, de concretizar o gol", explicou o treinador, que deve fazer mudanças na frente na próxima partida, contra o Corinthians.