O ano do gol emblemático de Olivera foi 2013. O Náutico estava na Série A do Brasileiro e montou um time que contou ainda com outros estrangeiros. Na prática, não deu certo. O Alvirrubro foi rebaixado. Salários foram atrasados. O centroavante, de 35 anos, foi um dos que sofreu. Em meio à fase, acabou dispensado e, segundo ele, ainda luta para receber o que tinha direito em contrato.
“A passagem pelo Náutico acabou que foi muito ruim não só pelo fato de ter recebido apenas um salário do que se acordou e sim também porque o presidente (Paulo Wanderley) me afastou e nem deixou treinar o último mês com o grupo. Depois, veio o novo presidente (Glauber Vasconcelos) que nos chamou para um acordo. Fui até aí e acertamos tudo, mas acabou não sendo cumprido. Agora, estamos com o caso na Fifa esperando uma solução”, conta, em entrevista por telefone ao Superesportes.
O litígio com o Náutico só não apagou o brilho do gol de Olivera diante do Sport. No mesmo ano, ele foi indicado ao prêmio Puskás, da Fifa. No fim, não levou a honraria. Porém, ficou com uma boa lembrança da passagem no Recife. “Sem dúvida, está entre os melhores (gols) da minha carreira. Tem uns outros dois que lembro e guardo com muita emoção, mas este, sem dúvida, está entre os melhores”, disse.
Reencontro com o Sport
Apesar de ter pouco para celebrar na passagem pelo Náutico, Olivera guarda detalhes dos dois confrontos que teve contra o Sport pela Sul-Americana. Na primeira partida, o Rubro-negro aplicou 2 a 0. O mesmo placar foi devolvido na Arena de Pernambuco, com o golaço do uruguaio levando a partida para a disputa de pênaltis. Nas cobranças, Magrão brilhou, defendeu três delas e levou o Sport à próxima fase.
Olivera, aliás, deixa em aberto a possibilidade de volta ao país caso receba um convite. “Eu adorei o futebol brasileiro. Gostei do estilo do jogo. Sei que agora é mais difícil de voltar até pela minha idade, mas, se um dia aparecer algo, seria uma possibilidade.”
Momento do Danubio
Dono de quatro títulos do Campeonato Uruguaio, o último na temporada 2013/2014, e terceiro colocado no ano passado, o Danubio passa por um momento ruim nesta temporada. Ocupa a 13ª posição do Nacional e só teve apenas uma vitória na competição. Com isso, o comando técnico foi alterado. Agora, o técnico Pablo Rodriguez traz nova esperança.“Tivemos um começo ruim no campeonato local. Mas, agora, trocou de treinador e estamos tratando de jogar cada vez melhor para conseguir as vitórias que ainda tivemos neste ano”, conta Olivera, que disputou nove partidas no campeonato, sendo titular em todas elas, e marcou dois gols. A última vez que o atleta esteve em campo foi no sábado passado, no empate em 0 a 0 diante do Plaza Colonia.
Importância da Sul-Americana
Apesar do momento delicado, o Danubio encara a Copa Sul-Americana como a principal disputa do time no ano. “Para o nosso clube, essa é a única competição internacional este ano já que não conseguimos nos classificar para a Libertadores. Por isso, o time está com muita vontade de seguir na competição”, declarou o atacante, que desembarca no Recife às 19h desta quarta-feira.
