Sport

FUTEBOL FEMININO

Artilheiras são apostas do Vitória e Sport que duelam nesta quarta, pelo PE Feminino

Paloma Nair e Juliana Oliveira se encontram no primeiro jogo da fase final

postado em 28/06/2017 09:30 / atualizado em 30/06/2017 10:25

Luciano Abreu/Vitória de Santo Antão // Anderson Freire/Sport Club do Recife
O Campeonato Pernambucano Feminino chegou ao seu desfecho. Nesta quarta-feira, às 15h, no estádio Ewerson Simões Barbosa, em Chã Grande, acontece o primeiro confronto da final entre Vitória e Sport. As duas principais forças do futebol feminino do estado, mais uma vez, se encontram para a disputa de uma decisão. O Tricolor das Tabocas entra em campo defendendo o octacampeonato e, para isso, conta com a líder da artilharia, Paloma Nair. Enquanto o Sport tem em Juliana Oliveira, a terceira colocada no ranking das goleadoras da competição, a esperança de gols para se consagrar no torneio.

Jogadoras hoje de equipes distintas, mas com histórias que se cruzam com algumas semelhanças. Ambas nasceram em São Paulo e estão há menos de seis meses nos respectivos clubes pernambucanos. A paixão pelo futebol começou também com a mesma idade, aos 12 anos. A família e os amigos foram o combustível para que esse sentimento pelo esporte crescesse com o passar do tempo. E cresceu. Vendo os primos e os garotos da rua na pelada, a vontade de fazer daquela prática sua rotina foi mais forte. Paloma participou do primeiro campeonato na escola. Ali, a garotinha descobriu o que queria para sua vida: ser jogadora de futebol.

Com o passar dos anos, sua carreira como atleta foi sendo construída. Paloma começou no Centro Olímpico-SP. Após quatro anos, vestiu a camisa do Corinthians/Tiger por um ano. Até que chegou ao Vitória. "Estou há quatro meses aqui (Vitória). Cheguei em fevereiro e, desde então, venho sendo recebida muito bem. Cada clube tem suas falhas e aqui não é diferente. Tem dificuldade, sim, mas eles acolhem muito bem as atletas. Não falta nada e sou feliz aqui", comentou Paloma.

SELEÇÃO BRASILEIRA
A atleta de 18 anos já foi convocada quatro vezes para a seleção brasileira, nas categorias sub 15 e 17. Lembra emocionada da sua última atuação representando o Brasil, num torneio realizado na Venezuela. Na final, com 45 mil pessoas no estádio, a seleçao perdeu por 1 a 0. "Acho que nunca tinha visto um estádio lotado para ver uma partida de futebol feminino. Quando a gente entrou em campo, foi emocionante. Na hora do hino, todo mundo chorou. A torcida gritava pela gente. Foi uma das maiores experiências que nunca vou esquecer", falou sorrindo a atacante do Tricolor das Tabocas.

ARTILHEIRA RUBRO-NEGRA
Com Juliana não foi diferente. Seus primeiros passos também tiveram uma parcela de motivação da família. Começou no futsal, incentivada pelos seus parentes. Depois, passou pela Portuguesa, Centro Olímpíco, São Bernado, Corinthians/Audax até chegar no Sport. A ideia de jogar em uma equipe no Nordeste veio após convite do técnico Jonas Urias. "Eu conheço o trabalho dele. Quando falou sobre o Sport, apostei minhas fichas. Estou há quase seis meses no clube. Não temos despesas com nada. Tenho minha carteira assinada e direitos garantidos", explicou a jogadora.

CARNEIRÃO X BARBOSÃO
Nesta edição, o Vitória perde um pilar importante para a superioridade que teve nos últimos anos: sua torcida. Apesar de atuar como mandante no jogo de ida, não jogará em casa, propriamente. O confronto acontecerá a 36 quilômetros de distância de onde as traves das Tabocas estão realmente fincadas, o estádio Carneirão. Por conta da melhor qualidade do gramado, o clube solicitou a mudança do local da partida para o estádio Municipal Ewerson Simões Barbosa, mais conhecido como Barbosão, na cidade de Chã Grande, Agreste Pernambucano. É onde foram realizadas todas as partidas do Tricolor na temporada.

Mas se engana quem pensa que as arquibancadas do Barbosão estarão vazias. Mesmo sem contar com o acolhimento da cidade, a expectativa é conseguir mobilizar a torcida tricolor para a decisão. "O clima de decisão por enquanto está mais para o time. Para a cidade está complicado, porque a gente não está jogando em casa. Como os jogos estão acontecendo em Chã Grande, o deslocamento é um pouco difícil. Nosso objetivo é mobilizar a torcida para o jogo. Estamos tentando dois ou três ônibus para levar", conta o diretor de futebol do clube, Alan Rocha.

ARTILHARIA DO PERNAMBUCANO 2017
1º Paloma Nair (Vitória) - 10 gols
2º Ana Clara Gomes (Náutico) - 7 gols
3º Juliana Oliveira (Sport) - 8 gols