HANDEBOL
Grande esperança do Brasil diante da Croácia, Zé Guilherme não se intimida com decisão
Armador da seleção se destaca, também, pelo discurso de jogador experiente
postado em 24/01/2015 19:41
Ana Paula Santos
Enviada Especial
DOHA - Quem escuta as declarações do armador direito Zé Guilherme desconfia de que ele realmente esteja participando do primeiro Campeonato Mundial adulto de handebol. Sua postura firme e palavras sem meio termos elevam este garoto de apenas 21 anos ao posto de grande esperança brasileira para o confronto decisivo, neste domingo, às 15h (horário de Recife), diante da Croácia.Zé não se intimida com a excelente estatura do time croata. Nem tão pouco com a velocidade dos ponteiros. Zé é mais Brasil. Sempre. Com ele não tem essa de discurso derrotista e de temor ao adversário. Respeito demais pode se tornar medo. E isso, este paulista não tem. Entra em quadra e enche a mão na hora do arremesso.
Antes de entrar nas partidas, porém, ele costuma recorrer a um chaveiro, que veio em sua mochila e o acompanha desde o Mundial juvenil, na Hungria, em 2013. A palavra disciplina está escrita de um lado. No outro, aproveitar o momento. E é isto que o camisa 10 do Brasil quer neste domingo. "Trago comigo este chaveiro depois da ótima experiência que tive através de um trabalho do psicólogo com a seleção juvenil. Gosto de mentalizar essas palavras quando ainda estou no vestiário. Olho para elas e gosto do que penso logo na sequencia", explica Zé, jogador do time espanhol BM Granollers.
Sobre a partida que decidirá o futuro do Brasil na competição, Zé Guilherme diz que a atenção precisa ser redobrada. Mas que há homens dos dois lados da quadra. "Não sou o tipo que baixo a cabeça para o adversários. Se eles tem altura, nós temos força. Somos tão homens quanto eles. Não gosto de ficar enaltecendo o poder dos outros. Quero ver é minha equipe entrando em quadra com fome de vencer. Entrar e mostrar que somos capazes", acrescentou.
Para Zé, este é o momento de fazer valer o que diz a frase do seu chaveiro. "Não há porque adiar o momento. Nosso momento vai ser agora e contra a Croácia. A gente precisa extravasar, entrar feliz em quadra. E sair mais feliz dela", pontuou o jogador.