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Reformulação do elenco do Náutico é lenta e preocupa diretoria alvirrubra para temporada

Clube passa por crise política e econômica e começa a preocupar sua torcida

postado em 19/12/2014 09:19 / atualizado em 19/12/2014 10:28

Celso Ishigami /Diario de Pernambuco

Paulo Paiva/DP/D.A Press
Já se vão quase três semanas desde o encerramento da Série B, e o Náutico encontra dificuldades para se reforçar. Enfrentando uma crise política devastadora - que afeta diretamente sua saúde financeira -, o Timbu vai tocando a reformulação de seu elenco a passos lentos. O cenário já começa a preocupar os dirigentes. Principalmente, depois do veto do conselho deliberativo sobre o uso do dinheiro proveniente da parceria com a Arena Pernambuco como garantia para um empréstimo bancário que já seria utilizado na montagem do grupo.

A cúpula alvirrubra já adiantou que aumentará o número de atletas da base que serão utilizados no elenco profissional, porém, considerando a formatação do elenco utilizado este ano, o Timbu conta, atualmente, com apenas 13 jogadores. E vale ressaltar que destes, somente três não são pratas da casa: os laterais Raí e Gaston Filgueira e o meia Pedro Carmona. Além deles, outros seis atletas contratados em 2014 vinham tendo as renovações tratadas como prioridade. Entretanto, apenas Júlio César já declarou ter renovado contrato com o clube.

Paralelamente às negociações de renovação, o clube trabalha também na busca por reforços. Mas, mesmo levando-se em consideração as especulações, poucos nomes circulam nos bastidores. Um dos responsáveis pela busca, o diretor de futebol Paulo Henrique Guerra revela que o ritmo do processo de reformulação do elenco já preocupa a cúpula alvirrubra. “Isso também nos deixa um pouco ansiosos, mas não podemos andar mais rápido do que o carro nos permite”, lamentou, fazendo referência às limitações orçamentárias.

Cenário que ficou ainda mais complicado depois da derrota política sofrida pela gestão de Glauber Vasconcelos na mais recente reunião do conselho deliberativo. “Depois do veto à alternativa que havíamos encontrado para levantar a verba que precisamos para gerir o clube, ficou mais complicado”, admitiu Guerra. “Agora, vamos nos sentar com o presidente para decidir que caminho tomaremos. De qualquer forma, as negociações com os reforços continuarão.”

Saiba mais
A renovação do zagueiro Luiz Alberto, que chegou a ser dada como praticamente certa pelos dirigentes, está em xeque. O defensor não gostou da última proposta apresentada pelos alvirrubros e parte da diretoria já não acredita no acerto. A maior prova da relevância do jogador para o Timbu é o fato de que a negociação ficou sob a responsabilidade do presidente Glauber Vasconcelos, que nunca escondeu seu otimismo em relação à renovação. Contudo, o mandatário parece ter superestimado a inclinação do zagueiro em aceitar a readequação salarial. Por isso, depois de protelar algumas vezes a data limite para a resposta do defensor, a diretoria adotou uma postura diferente, como destaca o diretor de futebol Paulo Henrique Guerra. “Eu, particularmente, já joguei a toalha. Ele não sinalizou muito bem a última proposta que fizemos e agora, ficou mais difícil”, pontuou.

Diario de Pernambuco