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MUNDIAL DE HANDEBOL

'Seleção de plástico' do Catar joga para ser primeira não europeia numa final

Com nove atletas naturalizados, anfitriões enfrentam a Polônia por uma vaga na decisão

postado em 30/01/2015 10:59 / atualizado em 30/01/2015 12:54

Rodrigo Antonelli - Enviado especial

Doha (Catar) - Nomes como Danijel Saric, Borja Vidal e Rafael Capote aparecem como os principais responsáveis pela campanha histórica que faz o Catar no Mundial masculino de handebol desse ano. Com a força de craques naturalizados - são nove ao todo -, a equipe do emirado árabe já é semifinalista do torneio e pode dar passo ainda maior, nesta sexta-feira (30/1), contra a Polônia. Caso superem os europeus, os "cataris de plástico", como parte da imprensa especializada batizou o time do Catar, se tornarão os primeiros a levar uma seleção de fora da Europa à final de um Mundial de handebol.

Desde 1938, quando o torneio foi criado, países de fora do Velho Continente nem sequer conseguiram subir ao pódio. "É um sonho. Não estava em nossa expectativa chegar até aqui, mas agora que chegamos, temos que tentar ir o mais longe possível", disse Capote, cubano que desertou durante os Jogos Panamericanos do Rio, em 2007, e se naturalizou catari em 2013. Sob os olhares atentos da comissão técnica do Catar, ele falou com a imprensa pela primeira vez nesta quinta-feira (29/1) e foi proibido de comentar sobre a naturalização. O duríssimo jogo contra a Polônia começa às 13h30 (de Brasília).

Na outra semifinal, as gigantes França e Espanha (a primeira é atual bicampeã olímpica e a segunda defende o título Mundial) se enfrentam em uma das partidas mais esperadas do campeonato. As duas seleções são as únicas invictas da competição até agora e prometem duelo equilibrado, às 16h (de Brasília). Nos últimos jogos, foi a França quem se deu melhor sobre os espanhóis, com vitórias na Olimpíada de Londres-2012 e também na Eurocopa do ano passado.

"Acho que a Espanha vai querer se vingar da gente. Então, será uma partida muito dura. Eles têm um grande time, com uma boa defesa, um bom goleiro", avalia o francês Nikola Kabaratic. A final será disputada no domingo (2/2), às 14h15 (de Brasíila).