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Medalhistas olímpicos ficam fora da 1ª fase do Bolsa Pódio

Thiago Braz, Felipe Wu e Poliana Okimoto não apareceram na lista

postado em 26/05/2017 16:36 / atualizado em 26/05/2017 17:30

JOHANNES EISELE/AFP
A primeira lista apresentada pelo Ministério do Esporte neste ano com os atletas beneficiados pelo Bolsa Pódio em 2017 deixa de fora sete competidores que ganharam medalha para o Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no ano passado. Os nomes foram divulgados na edição desta sexta-feira (26/5) do Diário Oficial da União.

Os esquecidos são Thiago Braz (ouro no salto com vara), Robson Conceição (ouro no boxe), Martine Grael e Kahena Kunze (ouro na vela), Felipe Wu (prata no tiro esportivo), Arthur Zanetti (prata na ginástica artística) e Poliana Okimoto (bronze na maratona aquática) — sem contar os times masculinos de vôlei e de futebol, campeões olímpicos, que não entram na lista de bolsistas.

Em resposta ao Correio, o Ministério do Esporte informou que todos os medalhistas brasileiros “serão contemplados nas próximas listas da categoria Bolsa Pódio a serem publicadas ainda este ano” — exceto Robson Conceição, que deixou o boxe olímpico para competir entre os profissionais, nos Estados Unidos. Ainda segundo a pasta, o processo dos atletas citados estão em fase final de análise e de complementação de documentação em suas confederações.

RODOLFO BUHRER/FOTOARENA
Questionado a respeito do número total de beneficiados neste ano, com base no orçamento para 2017, o ministério respondeu que “não é possível definir o número exato de atletas que serão apoiados neste exercício, uma vez que o valor da bolsa depende do ranking de cada atleta”.

O prazo para indicação de atletas à Bolsa Pódio neste ciclo olímpico vai até 10 de outubro. Segue indefinido quantas listas de contemplados serão publicadas até o fim do ano. Para concorrer ao benefício, o atleta deve estar em atividade, ser indicado por sua confederação e estar entre os 20 primeiros no ranking mundial da modalidade ou de uma prova específica.

Até R$ 15 mil

A lista divulgada pelo Ministério do Esporte nesta sexta-feira contempla 183 atletas olímpicos e paralímpicos em bolsas mensais que variam de R$ 5 mil a R$ 15 mil. O investimento da pasta nesses competidores será de R$ 23,8 milhões.

Entre os atletas olímpicos que aparecem pela primeira vez entre os apoiados, está o brasiliense Caio Bonfim, quarto colocado na marcha atlética de 20km na Rio-2016. Foi a melhor colocação da história do país na prova.

A categoria Pódio é a mais alta do programa Bolsa Atleta. O incentivo foi criado, em 2013, com o objetivo de patrocinar competidores com chances de medalhas e de disputar finais olímpicas. No ciclo até a Rio-2016, 322 nomes foram beneficiados pelo programa, frente a um investimento de R$ 60 milhões. Sem o Bolsa Pódio, a opção mais rentável para o atleta é a categoria Olímpica, que prevê desembolso mensal de R$ 3.100.