Brasília está fora da Superliga

Não adiantaram o aumento de 30% do orçamento para a temporada nem a volta de Paula Pequeno para o jogo decisivo de ontem, diante do Sesi-SP, pela Superliga Feminina: o Brasília Vôlei não atingiu a meta do segundo ano de projeto, ao ser eliminado com apenas dois jogos nas quartas de final, e repetiu a campanha do ano passado. Nas arquibancadas lotadas, os fãs até chegaram a embalar o time, que empatou a partida em 1 set a 1. No entanto, a equipe não soube aproveitar as oportunidades de virar o jogo. Por detalhes, as paulistas se mantiveram na frente e venceram por 3 sets a 1.  abraço do treinador Sérgio Negrão em cada uma das suas atletas antes do apito inicial simbolizava a importância da partida. Valia a sobrevida da equipe na competição. As paulistas venceram o primeiro jogo da sequência de melhor de três, em São Paulo, por 3 sets a 0.

Com Paula Pequeno de volta, as brasilienses entraram em quadra com semblante de poucos amigos. Afinal, a derrota na Vila Leopoldina ainda estava engasgada. O sorriso no rosto delas, porém, não demoraria a aparecer. Do outro lado, ainda no primeiro tempo técnico, o treinador Talmon de Oliveira esbravejava com o elenco por causa dos 8 x 4 marcados no placar a favor das candangas. O puxão de orelha funcionou e as visitantes equilibraram o jogo. As duas equipes se revezaram à frente do placar até as paulistas virarem em 21 x 20 e manterem a vantagem para fechar o set em 25 x 23.
A primeira parcial terminou com um gostinho amargo para o lado das comandadas de Sérgio Negão, que voltaram ainda mais decididas. Logo nos primeiros pontos do segundo set, abriram 8 x 1 e impuseram um ritmo de jogo que, há tempo, não apresentavam. Sem dar chances de recuperação ao adversário, o time do DF empatou em 1 set a 1, ao cravar 25 x 12.

As candangas, que tiveram de se acostumar com as constantes mudanças no elenco por conta dos desfalques, se mostraram confiantes com as peças que tinham à disposição para encarar o Sesi-SP. O oponente terminou a fase de classificacão na vice-liderança com apenas três derrotas. As baixas da noite ficaram por conta da central Roberta, que não se recuperou a tempo do entorse no tornozelo sofrido no último jogo, e da ponteira Érika Coimbra, fora do torneio após fraturar o dedo indicador da mão esquerda.

O jogo ainda reservava emoção e ralis, mas as paulistas se mostraram superiores. Em detalhes, venceram o set seguinte por apertados 26 x 24. A frustração por deixar a parcial escapar ficou evidente no semblante das meninas do Brasília Vôlei. Sem a mesma determinação do início, o Brasília Vôlei se despediu da Superliga Feminina com um placar elástico no quarto e último set: 12 x 25.

Despedida

A apatia no momento decisivo da partida deixou a capitã da equipe incomodada. “Vi hoje (ontem) um Sesi impossível de vencer. E, na hora que precisamos, nossa equipe baixou a guarda. Vi um conformismo que não se vê nessa fase de mata-mata, que não estou acostumada”, criticou a bicampeã olímpica. “A gente poderia ter ido muito melhor. Agora, é hora de avaliar as escolhas que fizemos, que erramos. É evidente que faltou. É um time que precisa ser mais agressivo e saber se impor. Eu não consegui envolver as meninas”, lamenta.