Investigação inclui contratos de marketing da Copa do Brasil, diz Justiça americana

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos cita a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no documento em que explica o motivo de ter pedido a prisão dos noves dirigentes ligados à Fifa. A detenção foi realizada pela polícia suíça. José Maria Marin, presidente da CBF até 15 de abril, está preso.

Segundo os EUA, as investigações contêm acusações a respeito de pagamento de suborno do contrato da CBF com "uma grande marca esportiva americana". Também cita pagamentos de contratos relacionados à Copa do Brasil, competição anual organizada pela entidade, e à Libertadores, pela Conmebol.

"Os dirigentes são acusados de conspiração para solicitar e receber mais de US$ 150 milhões (cerca de R$ 400 milhões) em subornos em troca do apoio oficial dos executivos de marketing que concordaram com pagamentos ilegais", diz a nota. Entre os direitos de marketing e de mídia citados, estariam "as eliminatórias da Copa do Mundo na região da Concacaf, a Copa Ouro da Concacaf, a Liga dos Campeões da Concacaf, a Copa América Centenário, a Copa América, a Copa Libertadores e a Copa do Brasil - que é organizada pela CBF".

Este trecho da nota do Departamento de Justiça dos EUA é concluído citando que "outros esquemas alegados se relacionam com o pagamento de suborno em relação ao patrocínio da CBF por uma grande marca esportiva americana, a escolha da sede da Copa de 2010 (disputada na África do Sul) e a eleição presidencial da Fifa em 2011".