O Grêmio está definitivamente eliminado da Copa do Brasil. Nesta sexta-feira, o Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julgou o recurso do clube gaúcho, condenado em primeira instância com a pena de exclusão do torneio devido aos insultos de alguns de seus torcedores na partida diante do Santos, na Arena, dia 28 de agosto. O órgão reformou a decisão tomada anteriormente: em vez de excluir o Tricolor, aplicou-lhe a pena de perda de três pontos, o que na prática também significa que a equipe gremista está fora do torneio.
“A Copa do Brasil é disputada em grupos de dois times. Com a derrota no primeiro jogo e a aplicação da perda de três pontos, o Grêmio estaria eliminado, e uma nova partida seria desnecessária”, afirmou o relator Paulo Salomão Filho. “O caso é de extrema gravidade, mas não ao ponto de uma exclusão de competição”, completou. Como perdeu a partida de ida por 2 a 0, o Grêmio tem três pontos negativos no confronto, contra três pontos positivos do Santos, uma distância de seis pontos, o que inviabiliza uma virada em um possível confronto de volta.
O voto de Salomão foi acompanhado pelos auditores Ronaldo Piacenti, Flávio Zveiter, José Arruda Filho, Gabriel Marciliano e Décio Neuhaus. Já Caio César Rocha, presidente do STJD, votou pela perda de um ponto, o que também eliminaria o clube gaúcho da competição. O Grêmio pediu um julgamento mais técnico e menos midiático, como ocorrido em primeira instância, o que foi levado em conta por Salomão: “a questão aqui é exclusivamente jurídica”, apontou o relator em sua fala.
Além da perda de pontos e consequente eliminação da Copa do Brasil, o Grêmio terá de pagar uma multa de R$ 50 mil por conta dos incidentes. A questão da realização ou não do jogo de volta está pendente – como o Grêmio não está excluído do torneio, a possibilidade legal de o jogo ocorrer ainda existe, apesar da impossibilidade de reversão do duelo com o Santos. Para Rocha, o ideal é o cancelamento do confronto: “seria desnecessário, dispendioso e temerário, não faz sentido. Não recomendo a transferência dessa decisão para a CBF”, indicou o presidente do Tribunal.
