O LEÃO DOS LEÕES

Os títulos e a consagração no Sport

Após superar a desconfiança, Magrão tornou-se um dos maiores ídolos do Sport

postado em 20/04/2015 06:00 / atualizado em 18/04/2015 16:39

Daniel Leal /Diario de Pernambuco , Brenno Costa /Diario de Pernambuco

Paulo Paiva/DP/D. A Press
Em 2007, Magrão já somava um acesso e dois títulos estaduais pelo Sport. Ainda não era, porém, um goleiro em que a torcida confiasse. Sobretudo para a Série A. “O sonho de consumo do torcedor era Cléber, do Santa Cruz”, recorda o então diretor de futebol Guilherme Beltrão. O Leão contratou o goleiro. Magrão teria naquele ano, o ano da sua afirmação. O caminho, como sempre, foi tortuoso. “Um dirigente disse que Magrão não era goleiro de Primeira Divisão e isso mexeu muito com o brio do Magrão”, relembra a esposa Marilu.

Após o terceiro título estadual, o primeiro como titular de ponta a ponta, Magrão tinha na sua primeira Série A pelo Leão a grande prova. Começou mal. Logo nas primeiras rodadas, levou o gol mil de Romário. “O que ficava de saco cheio na época era dos repórteres e das perguntas: ‘Como é levar o milésimo gol do Romário?’ Eu não queria ter levado, mas foi algo natural. Faz parte”, diz o goleiro.

Na rodada seguinte, um gol contra de Du Lopes marcou a derrota para o Grêmio. “Giba (técnico) veio no avião e disse para mim: ‘Olhe, vou substituir o goleiro. Magrão está muito mal, é goleiro chama gol.’”, conta Beltrão. Essa foi a última vez que Magrão perdeu a titularidade no Sport. Poucos jogos depois, já sob o comando de Geninho, ele voltou ao time. “Fechou o gol contra o Palmeiras no retorno e não saiu mais”, disse o dirigente daquele ano.

No ano seguinte, Magrão já era titular absoluto. Indiscutível. E chegou a seu auge: campeão da Copa do Brasil. “Para conquistar títulos tem que ter um grupo muito forte, com comando da comissão técnica e um comando interno dos jogadores. E Magrão e Durval foram líderes em 2008”, disse o técnico Eduardo Baptista, preparador físico à época. O alto nível seguiu na Libertadores. Na cada vez melhor, e com a especialidade de pegar pênaltis. A esta altura, as histórias do Sport e a de Magrão já eram apenas uma só.

Heitor Cunha/DP/D. A Press
 

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