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Sede da Copa do Mundo de 2018, Rússia acumula casos de racismo e preocupa Fifa

Palco da próxima Copa teve mais de 200 casos de racismo nas últimas temporadas

postado em 02/03/2015 09:16 / atualizado em 02/03/2015 09:25

AFP
Ainda que lamentáveis, os incidentes de discriminação racial na Europa não têm sido novidade, mas o número de injúrias na Rússia preocupa a Fifa. Segundo ONGs do Velho Continente, o futebol do próximo país-sede da Copa do Mundo foi manchado por mais de 200 casos de racismo nas duas últimas temporadas.

As estatísticas são da rede Fare, que combate o racismo no futebol do Velho Continente, e da Sova Center, uma organização não-governamental, baseada em Moscou, que pesquisa casos de nacionalismo e racismo.

O estudo foi feito entre maio de 2012 e maio de 2014 e publicado na última sexta-feira. “Os números revelam a imagem horrível de um campeonato nacional que é cheio de aspectos racistas e xenofóbicos”, lamenta à AP o diretor-executivo da Fare, Piara Powar.

A frequência de incidentes deste tipo no futebol russo preocupa o presidente da Fifa, Joseph Blatter. “Ficamos assustados com as informações. Sem dúvida estamos preocupados, definitivamente”, admite o mandatário, que está à frente da entidade máxima do futebol desde 1998.

Blatter chegou a pedir ao presidente russo, Vladimir Putin, que combatesse o racismo no futebol russo. Mas a discriminação é parte de uma cultura com traços xenófobos recorrentes. O brasileiro Hulk, por exemplo, foi perseguido por torcedores russos quando contratado em 2012 pelo Zenit, seu atual clube. No último mês de outubro, o CSKA Moscou foi punido por cânticos racistas de sua torcida e mandou jogos da Liga dos Campeões da Europa de portões fechados.

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