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LUTO NO FUTEBOL

Morre, aos 72 anos, Carlos Alberto Torres, capitão do tricampeonato mundial com a Seleção

O Capita, como era conhecido, foi vítima de um infarto fulminante e não resistiu

postado em 25/10/2016 12:34 / atualizado em 25/10/2016 19:10

AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA
Faleceu nesta terça-feira, aos 72 anos, no Rio de Janeiro, o capitão do tricampeonato da Seleção Brasileira, Carlos Alberto Torres. De acordo com o SporTV, onde o 'Capita' era comentarista, ele foi vítima de um enfarte fulminante. Sua última aparição na TV foi no domingo, após a rodada do Brasileirão.

O velório será realizado às 20h desta terça-feira na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro. O enterro está marcado para quarta-feira, às 11h, no Cemitério de Irajá, localizado na Zona Norte da capital carioca.

Carlos Alberto teve uma curta passagem como treinador do Atlético, em 1998. Segundo o Galo Digital, ele chegou ao clube mineiro no meio daquela temporada e, em 26 jogos, obteve uma campanha superior à 60%. Depois de um desentendimento com o ex-jogador Toninho Cerezo, então gerente do clube na ocasião, saiu do Galo.

Veja o gol de Carlos Alberto Torres na final da Copa de 70, contra a Itália:


Torres é considerado um dos maiores laterais-direitos da história - para muitos, o melhor deles. O capitão do tri atuou profissionalmente por quase uma década e chegou a ser campeão com o Flamengo, Botafogo e Fluminense como treinador. Desde 2005, entretanto, estava afastado dos gramados como técnico e trabalhava apenas como comentarista.

O Capita começou a carreira no Fluminense, saindo de lá aos 22 anos, já como um dos melhores do País. Tinha características ofensivas, algo então raro para um lateral. Em 1963, estava na seleção brasileira que ganhou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos disputados em São Paulo. No ano seguinte, ganhou o Carioca pelo Flu.

Veja o Histórias do Futebol - Entrevista com Carlos Alberto Torres, com imagens do Capita:


A melhor fase da carreira, entretanto, foi pelo Santos, clube que defendeu entre 1965 e 1975, com um breve intervalo para passar um ano no Botafogo. No time praiano, atuou por 445 vezes, sendo o 11.º com mais partidas, atrás apenas de outros contemporâneos da Era Pelé e do ex-lateral-esquerdo Léo.

Depois de brilhar na Vila Belmiro, voltou para o Fluminense, ganhando mais dois Campeonatos Cariocas, em 1975 e 1976. Na parte final da carreira, passou também pelo Flamengo e se aventurou nos Estados Unidos, jogando pelo New York Cosmos até os 38 anos.

Pela Seleção Brasileira, chegou a ser convocado para a Copa do Mundo de 1966, mas acabou cortado. Em 1970, já era o capitão que entrou para a história por ser o último a levantar a Taça Jules Rimet, depois roubada. No total, fez 53 jogos pelo Brasil até 1977, marcando oito gols.

A carreira de treinador começou em 1983, no Flamengo, e não foi das mais vitoriosas, ainda que ele tenha passado por boa parte dos principais clubes do País. No começo da década de 1990, chegou a ser vereador no Rio.

Clubes onde Carlos Alberto se destacou, como Santos, Botafogo e Flamengo, publicaram mensagens de luto e de agradecimento em suas redes sociais, nesta terça-feira.

Veja imagens da carreira de Carlos Alberto Torres:

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