Violência
Autor do disparo contra Lucas Lyra é preso
José Carlos Feitosa Barreto, 37 anos, confessou ter atirado em Lucas Lyra de forma acidental, enquanto revidava agressões
postado em 20/02/2013 08:32 / atualizado em 20/02/2013 09:45
Lucas Fitipaldi /Diario de Pernambuco , Rodolfo Bourbon /Diario de Pernambuco

O suspeito, no entanto, negou que trabalhasse como segurança. Sua função foi descrita como “controlador de tráfego”. Segundo ele, que não tem porte de arma, a empresa nunca o autorizou a usar arma de fogo. Os responsáveis pela investigação concederam entrevista coletiva ontem à tarde, no auditório da sede da Polícia Civil. José Carlos não foi apresentado à imprensa e segue detido no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) para contribuir com o resto das investigações. Só poderá ser encaminhado ao Centro de Triagem (Cotel) quando for expedido o mandado de prisão preventiva. O mandado vigente é de prisão temporária.
O secretário de defesa social do estado, Wilson Damázio, deu detalhes da operação. Intimado a comparecer na delegacia após o avanço das investigações, o suspeito se apresentou ao lado do seu advogado e prestou depoimento na sede da DHPP na tarde da última segunda-feira. Na ocasião, confessou ter sido o autor do disparo, mas acabou liberado porque a Justiça ainda não havia expedido o mandado de prisão, o que só ocorreu horas depois.

O suspeito foi detido na casa de uma companheira, em Nova Descoberta, sem oferecer resistência. Segundo ele, vândalos teriam tentado apedrejá-lo durante o tumulto entre integrantes das organizadas Fanáutico e Torcida Jovem, na Avenida Rosa e Silva, pouco antes do jogo entre Náutico e Central, e logo após a derrota do Sport para o Campinense-PB, na Ilha do Retiro. O disparo teria ocorrido enquanto espancava o rosto de um suposto agressor com o cabo do revólver calibre 38.
José Carlos confessou ter espancado três rapazes. Um deles era primo de Lucas Lyra. Ao ver o familiar sendo agredido, a vítima, que segue sob risco de morte no leito do HR, teria partido para cima de José Carlos. De acordo com o diretor geral de polícia especializada, Joselito Kehrle, pelas imagens, não é possível discernir se o tiro foi ou não acidental.