Futebol Nacional

ESTADUAL

Série A2 do Pernambucano começa nesta quinta-feira aliando precariedade e sonhos

Competição será disputada por 12 clubes e vale duas vagas na elite estadual em 2016

postado em 27/08/2015 09:20 / atualizado em 27/08/2015 10:27

João de Andrade Neto /Superesportes

Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
A camisa é verde e amarela. Mas o cenário nem de longe lembra o de um jogo da seleção. Estádio acanhado, mal iluminado e com gramado enlameado. Além da reportagem do Superesportes, a presença da imprensa se resume a um repórter de uma rádio local. Público pequeno, mesmo com ingressos custando R$ 5. Ainda assim, para cada jogador, o amistoso contra o sub-20 do Náutico vale como uma decisão. Ilusão disfarçada de sonho. De mudar de vida com o futebol. Combustível que move o Ipojuca Atlético Clube e os demais 11 clubes da Série A2 do Campeonato Pernambucano. Competição que começa na próxima quinta-feira e vale duas vagas na elite do futebol estadual em 2016. E que tem a capacidade de transformar qualquer partida em jogo de Copa do Mundo. Pelo menos para os envolvidos.

O próprio Ipojuca é um resumo disso. Fundado em 2005, o clube disputará apenas pela segunda vez a Série A2. Na primeira, em 2012, terminou em 7º. Agora, planeja ir mais longe. Mesmo com um elenco formado praticamente por jogadores do município e cidades vizinhas. Dos 26 atletas, 20 irão disputar pela primeira vez uma competição profissional. Recebendo, em sua maioria, salários mínimos (o teto é de R$ 1 mil). No Ipojuca, a sensação de começar do zero em busca de dias melhores é compartilhada até mesmo porque já fez uma carreira vitoriosa no futebol. No comando do time está o ex-zagueiro Lima, campeão estadual por Fluminense, Sport e Náutico e que pela primeira vez irá dirigir uma equipe como treinador.

 

Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
“O segredo é se adaptar com as condições de trabalho. Hoje eu entendo que estou no Ipojuca, não no Fluminense, Sport, Náutico, Atlético-MG ou Coritiba. Quando vim para cá, eu sabia das condições. No início, nem salário tinha. Temos que visar acesso. É isso que vai abrir outras portas para nós”, destacou o técnico iniciante.

 

Ao pé da letra, o lema de “se adaptar” já vem sendo aplicado no Ipojuca. Como muitos jogadores possuem outros empregos, os treinamentos são realizados apenas três vezes por semana (nas segundas, quartas e sextas). Sempre pela manhã. Além disso, não há concentração antes dos jogos. Assim, antes de cada compromisso, cada um chega ao estádio por conta própria. Muitos dão caronas para outros.

“Ainda não temos suporte e estrutura suficientes. Por isso, o fato de não termos concentração facilita”, explicou o vice-presidente do clube, Cláudio Pinheiro. “A nossa política é de apostar nos jogadores da região. Até porque sairia mais caro contratar atletas de outros clubes. A nossa meta é marcar território e aparecer”, completou o dirigente.

SuperesportesPE
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