Elicarlos foi vetado para a primeira partida da final contra o Sport na Ilha do Retiro

Assombrado pela perda de importantes atletas desde o início da temporada, o Náutico viveu uma situação quase familiar na véspera do primeiro jogo da final do Pernambucano. O técnico Lisca, que aguardava o posicionamento dos médicos do clube para definir a escalação de sua equipe, recebeu más notícias. Capitão do time e um dos principais jogadores do grupo, o volante Elicarlos está fora deste jogo com o Sport. Além dele, os atacantes Marinho e Careca também foram vetados. Em contrapartida, o comandante alvirrubro comemorou as liberações do volante Dê e do meia Marcos Vinícius.

Sem esconder a frustração, coube ao próprio Lisca anunciar os vetos ao trio que pretendia utilizar neste primeiro compromisso da final. Utilizando uma linguagem bem direta, ele anunciou no início da coletiva concedida ontem à tarde: “Careca está fora. Marinho está fora. Ele quer jogar, mas ainda não está 100% e não vou arriscar de novo. Senão, vai ficar difícil ter uma sequência de trabalho com Marinho desse jeito. Elicarlos, infelizmente, também está fora”, lamentou. De acordo com o médico Henrique Marques, o cabeça de área foi reavaliado, mas continuou se queixando de um desconforto muscular. “Elicarlos fez um teste hoje (ontem) e infelizmente sentiu. Vamos fazer um novo exame de imagem para saber se há lesão”, pontuou.

Apesar dos desfalques, não há motivos para acreditar em mudanças significativas na formação alvirrubra. Com as liberações de Dê e Marcos Vinícius, Lisca terá condições de manter a mesma estratégia que vem utilizando, realizando apenas ajustes pontuais. A tendência é que Dê seja escolhido para assumir as funções de Elicarlos, atuando mais próximo da cabeça de área e que Marcos Vinícius volte a ocupar seu posto, dividindo a responsabilidade da criação das jogadas com Zé Mário. Há, entretanto, uma chance de Lisca abrir mão de jogar com dois atacantes para fortalecer seu meio de campo. Segundo informações, no treino fechado realizado ontem à tarde, Leleu entrou na vaga que vinha sendo ocupada pelo atacante Marcelinho. Neste caso, o Náutico sairia do 4-4-2 para o 4-5-1, reforçando a tese de que os alvirrubros adotarão uma postura mais conservadora.