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Cañete promete 'dar a vida' por vaga no time titular do Náutico no jogo contra a Ponte Preta

Meia argentino é cotado para assumir posto de Vinícius no setor de criação

postado em 26/08/2014 20:06 / atualizado em 27/08/2014 12:29

Celso Ishigami /Diario de Pernambuco

Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
Nos jogos em que foi utilizado, argentino Cañete entrou no decorrer das partidas

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O acirramento da disputa por uma vaga no time titular do Náutico começa a mostrar seus primeiros efeitos. Cotado para comandar o setor de criação do Timbu no encontro com a Ponte Preta, marcado para o próximo sábado, o meia Cañete prometeu dar a vida para mostrar um bom futebol. Até então, porém, o técnico Dado Cavalcanti ainda definiu quem será o substituto de Vinícius, que cumprirá a suspensão automática na ocasião.

Contratado sobre uma grande expectativa, o argentino ainda não conseguiu se firmar na equipe principal. Não por culpa de seus desempenhos, claro. Afinal de contas, o atleta vem mostrando qualidade nas partidas em que é acionado. Um dos maiores desafios do jogador até aqui tem sido alcançar seu condicionamento físico ideal. “Estou me sentindo cada vez melhor. Minhas pernas estão respondendo bem e fisicamente, estou me sentindo melhor”, destacou. “Para saber se estou 100%, vou ter que jogar 90 minutos. Se tiver essa chance, vou dar a vida do primeiro ao último minuto. Se consigo jogar 40 ou 60 minutos, vou dar a vida enquanto estiver em campo”, garantiu.

A tendência, de fato, é que Cañete herde a vaga de Vinícius. O argentino, porém, preferiu deixar a confirmação para o técnico Dado Cavalcanti. “Se tiver essa chance de ser titular, vou dar o melhor de mim. Sinto a necessidade de ajudar meu time. Vou tentar. Vou dar o melhor para conquistar o espaço que estou buscando. Sei que ainda está faltando ritmo e que tem uma hora que as pernas pesam, mas com o passar dos jogos, vou começar a voltar à forma ideal”, assegurou.

Político, ele voltou a se esquivar dos questionamentos sobre a possibilidade de compartilhar a responsabilidade no meio de campo com Vinícius. “Já me perguntaram isso. Respondi que não sou treinador. Sou jogador. Como falei, quero o melhor para o time. O que Dado escolher, está decidido. Vou jogar onde ele me mandar jogar e da maneira como ele desejar. Acho que eu e Vinícius temos qualidade para jogar do meio para a frente. Mas me senti bem jogando com ele. Criamos boas jogadas. Conseguimos um bom entrosamento. Tanto, que fizemos a jogada do gol”, lembrou.

Galeria: Os gringos da história do Náutico

  • O atacante uruguaio Claudio Millar foi parte do time alvirrubro que foi campeão no aniversário de cem anos do clube. Ele já havia passado pelo Santa Cruz em 1999, mas em nenhum dos dois conseguiu obter grande destaque. Após deixar o Timbu, ele passou boa parte do restante de sua carreira atuando pelo Brasil de Pelotas (RS), antes de falecer em 2009 no trágico acidente de ônibus que vitimou mais um zagueiro e o preparador de goleiros do clube gaúcho.
  • Contratado para suprir a saída de Acosta, que havia deixado o Náutico como ídolo, o colombiano Ricardo Laborde não teve a mesma sorte de seu antecessor. Mostrando muitas deficiências, o meia foi gradualmente perdendo espaço no time comandado por Roberto Fernandes, até ser dispensado, em junho de 2008, sem marcar um gol sequer a serviço do clube. Atualmente, Laborde joga no Krasnodar, da Rússia.
  • Quando voltava à elite do futebol brasileiro depois de mais de uma década, o Náutico resolveu apostar suas fichas num estrangeiro que, depois, se mostraria uma das contratações mais acertadas da história do clube. O uruguaio Alberto Acosta foi o personagem principal da arrancada que salvou o Timbu do rebaixamento após um início de campeonato horrível. Auxiliado por Felipe e Marcelinho, o meia-atacante foi o vice-artilheiro do certame com 19 gols, e ficou para sempre no coração do torcedor alvirrubro. No ano seguinte ele deixou o Recife para ir ao Corinthians, onde não teve êxito. Ainda voltaria ao Timbu em 2009, sem o mesmo destaque, no entanto. Mas o ótimo desempenho em 2007 lhe abriu as portas do futebol brasileiro, de onde o atacante não saiu mais. Hoje, ele defende a União Barbarense, do interior paulista.
  • No início de 2007, após conseguir um acesso um ano depois da fatídica Batalha dos Aflitos, o Náutico contratou um dos jogadores que estavam vestindo as cores tricolores gaúchas naquele dia de tristeza. O chileno Alejandro Escalona, lateral esquerdo, chegou ao clube para assumir a titularidade na posição, mas não conseguiu se livrar do sobrepeso.
  • A contratação de Daniel 'Chucky' González foi uma das mais desgastantes novelas envolvendo Sport e Náutico. O meia chileno chegou a ser dado como certo pelo Leão da Ilha, que disputaria a Copa Libertadores daquele ano, mas terminou preferindo o Timbu. Ele não teve, contudo, uma passagem muito marcante peo futebol pernambucano. Ficou no Timbu menos de um ano, e não conseguiu mostrar um futebol à altura das expectativas. Saiu do clube para voltar ao futebol chileno.
  • Em 2012, o Timbu estava de volta à Série A após as duas grandes campanhas de 2007 e 2008. E para reforçar seu elenco para a disputa, acertou a contratação do argentino Andrés Romero. O atacante não conseguiu chamar a atenção dos treinadores no clube, e disputou apenas seis partidas antes de rescindir seu contrato.
  • Outro estrangeiro que chegou ao Náutico para o Brasileirão de 2012 foi o meia Breitner. Natural da Venezuela e cria das categorias de base do Santos, ele era apontado no Alvinegro como uma das grandes promessas do clube. Mas muito em virtude de seu porte físico frágil, ele não conseguiu espaço e foi emprestado. No Náutico, ele recebeu algumas oportunidades, mas não agradou à comissão técnica e ficou boa parte do ano no banco de reservas.
  • A contratação do meia Diego Morales foi tida pela torcida como grande esperança de uma outra boa campanha na Série A, após a classificação para a Sul-Americana conquistada no ano anterior. Com passagens pela seleção argentina, Morales veio do futebol europeu para comandar a aventura continental do Timbu. Mas demorou a entrar em forma, e terminou sendo um dos rostos mais marcantes da pior campanha da história do clube na Série A..
  • Ele foi outro dos reforços gringos que chegou para guiar o Náutico na Sul-Americana de 2013. E pode-se dizer que foi o que mais rendeu entre os forasteiros: Peña foi o que precisou de menos tempo para entrar em forma, e conseguiu ser importante em algumas partidas, apesar de não contar com a boa vontade da maioria dos treinadores que passaram pelo Timbu no ano. Na reta final da Série A, quando o rebaixamento alvirrubro já estava praticamente consumado, ele conseguiu mostrar alguns lampejos de bom futebol. Nada suficiente, no entanto, para criar na torcida um clamor pela sua permanência.
  • Respaldado pelos gols que havia marcado a serviço do Peñarol, Juan Manuel Olivera chegou ao Náutico para ser o grande artilheiro da equipe em 2013. Mas em meio à desorganização que tomou conta do clube, o atacante foi subaproveitado, e só ficou na memória do torcedor pelo golaço marcado diante do Sport, na Copa Sul-Americana, que concorreu ao Prêmio Puskas. Sua saída foi ainda mais tumultuada: o jogador foi proibido pelos cartolas de treinar, e ameaçou entrar na Justiça para resolver a situação. No final, conseguiu negociar a rescisão amigável de seu contrato no início de 2014, já com a nova diretoria.
  • Apresentando muitos problemas desde a lesão de Luiz Alberto, a defesa do Náutico recebeu o reforço do uruguaio Mario Risso. Vindo do Botafogo, o zagueiro estreou no clássico contra o Santa Cruz. Mostrou algumas limitações, mas dá sinais de evolução, o que deve mantê-lo no time titular, ao menos enquanto o experiente xerife do início do ano não retorna.
  • Vinícius, Marcos Vinícius, Pedro Carmona, Zé Mário... por motivos diversos, nenhum desses meias conseguiu ter continuidade no Náutico. Por causa disso, o Timbu passou quase toda a primeira metade da Série B sem poder confiar em um jogador de articulação. Para sanar esse problema, foi contratado o argentino Cañete, que se destacou no futebol chileno, foi contratado pelo São Paulo e, desde então, vem sofrendo inúmeros problemas físicos. Aparentemente recuperado, ele já começa a dar sinais de que deve mesmo tomar conta da posição.
  • Ricardo Fernandes/DP/D.A.Press
    O atacante uruguaio Claudio Millar foi parte do time alvirrubro que foi campeão no aniversário de cem anos do clube. Ele já havia passado pelo Santa Cruz em 1999, mas em nenhum dos dois conseguiu obter grande destaque. Após deixar o Timbu, ele passou boa parte do restante de sua carreira atuando pelo Brasil de Pelotas (RS), antes de falecer em 2009 no trágico acidente de ônibus que vitimou mais um zagueiro e o preparador de goleiros do clube gaúcho.
  • Ricardo Fernandes/DP/D.A.Press
    Contratado para suprir a saída de Acosta, que havia deixado o Náutico como ídolo, o colombiano Ricardo Laborde não teve a mesma sorte de seu antecessor. Mostrando muitas deficiências, o meia foi gradualmente perdendo espaço no time comandado por Roberto Fernandes, até ser dispensado, em junho de 2008, sem marcar um gol sequer a serviço do clube. Atualmente, Laborde joga no Krasnodar, da Rússia.
  • Júlio Jacobina/DP/D.A.Press
    Quando voltava à elite do futebol brasileiro depois de mais de uma década, o Náutico resolveu apostar suas fichas num estrangeiro que, depois, se mostraria uma das contratações mais acertadas da história do clube. O uruguaio Alberto Acosta foi o personagem principal da arrancada que salvou o Timbu do rebaixamento após um início de campeonato horrível. Auxiliado por Felipe e Marcelinho, o meia-atacante foi o vice-artilheiro do certame com 19 gols, e ficou para sempre no coração do torcedor alvirrubro. No ano seguinte ele deixou o Recife para ir ao Corinthians, onde não teve êxito. Ainda voltaria ao Timbu em 2009, sem o mesmo destaque, no entanto. Mas o ótimo desempenho em 2007 lhe abriu as portas do futebol brasileiro, de onde o atacante não saiu mais. Hoje, ele defende a União Barbarense, do interior paulista.
  • Ricardo Fernandes/DP/D.A.Press
    No início de 2007, após conseguir um acesso um ano depois da fatídica Batalha dos Aflitos, o Náutico contratou um dos jogadores que estavam vestindo as cores tricolores gaúchas naquele dia de tristeza. O chileno Alejandro Escalona, lateral esquerdo, chegou ao clube para assumir a titularidade na posição, mas não conseguiu se livrar do sobrepeso.
  • Juliana Leitão/DP/D.A.Press
    A contratação de Daniel 'Chucky' González foi uma das mais desgastantes novelas envolvendo Sport e Náutico. O meia chileno chegou a ser dado como certo pelo Leão da Ilha, que disputaria a Copa Libertadores daquele ano, mas terminou preferindo o Timbu. Ele não teve, contudo, uma passagem muito marcante peo futebol pernambucano. Ficou no Timbu menos de um ano, e não conseguiu mostrar um futebol à altura das expectativas. Saiu do clube para voltar ao futebol chileno.
  • Em 2012, o Timbu estava de volta à Série A após as duas grandes campanhas de 2007 e 2008. E para reforçar seu elenco para a disputa, acertou a contratação do argentino Andrés Romero. O atacante não conseguiu chamar a atenção dos treinadores no clube, e disputou apenas seis partidas antes de rescindir seu contrato.
  • DP/D.A.Press
    Outro estrangeiro que chegou ao Náutico para o Brasileirão de 2012 foi o meia Breitner. Natural da Venezuela e cria das categorias de base do Santos, ele era apontado no Alvinegro como uma das grandes promessas do clube. Mas muito em virtude de seu porte físico frágil, ele não conseguiu espaço e foi emprestado. No Náutico, ele recebeu algumas oportunidades, mas não agradou à comissão técnica e ficou boa parte do ano no banco de reservas.
  • Ricardo Fernandes/DP/D.A.Press
    A contratação do meia Diego Morales foi tida pela torcida como grande esperança de uma outra boa campanha na Série A, após a classificação para a Sul-Americana conquistada no ano anterior. Com passagens pela seleção argentina, Morales veio do futebol europeu para comandar a aventura continental do Timbu. Mas demorou a entrar em forma, e terminou sendo um dos rostos mais marcantes da pior campanha da história do clube na Série A..
  • Ricardo Fernandes/DP/D.A.Press
    Ele foi outro dos reforços gringos que chegou para guiar o Náutico na Sul-Americana de 2013. E pode-se dizer que foi o que mais rendeu entre os forasteiros: Peña foi o que precisou de menos tempo para entrar em forma, e conseguiu ser importante em algumas partidas, apesar de não contar com a boa vontade da maioria dos treinadores que passaram pelo Timbu no ano. Na reta final da Série A, quando o rebaixamento alvirrubro já estava praticamente consumado, ele conseguiu mostrar alguns lampejos de bom futebol. Nada suficiente, no entanto, para criar na torcida um clamor pela sua permanência.
  • Ricardo Fernandes/DP/D.A.Press
    Respaldado pelos gols que havia marcado a serviço do Peñarol, Juan Manuel Olivera chegou ao Náutico para ser o grande artilheiro da equipe em 2013. Mas em meio à desorganização que tomou conta do clube, o atacante foi subaproveitado, e só ficou na memória do torcedor pelo golaço marcado diante do Sport, na Copa Sul-Americana, que concorreu ao Prêmio Puskas. Sua saída foi ainda mais tumultuada: o jogador foi proibido pelos cartolas de treinar, e ameaçou entrar na Justiça para resolver a situação. No final, conseguiu negociar a rescisão amigável de seu contrato no início de 2014, já com a nova diretoria.
  • Ricardo Fernandes/DP/D.A.Press
    Apresentando muitos problemas desde a lesão de Luiz Alberto, a defesa do Náutico recebeu o reforço do uruguaio Mario Risso. Vindo do Botafogo, o zagueiro estreou no clássico contra o Santa Cruz. Mostrou algumas limitações, mas dá sinais de evolução, o que deve mantê-lo no time titular, ao menos enquanto o experiente xerife do início do ano não retorna.
  • Ricardo Fernandes/DP/D.A.Press
    Vinícius, Marcos Vinícius, Pedro Carmona, Zé Mário... por motivos diversos, nenhum desses meias conseguiu ter continuidade no Náutico. Por causa disso, o Timbu passou quase toda a primeira metade da Série B sem poder confiar em um jogador de articulação. Para sanar esse problema, foi contratado o argentino Cañete, que se destacou no futebol chileno, foi contratado pelo São Paulo e, desde então, vem sofrendo inúmeros problemas físicos. Aparentemente recuperado, ele já começa a dar sinais de que deve mesmo tomar conta da posição.
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