Reunião do Conselho Deliberativo do Náutico com Arena Pernambuco descarta volta aos Aflitos

Proveitosa. Foi assim que o presidente do Conselho Deliberativo do Náutico, Eduardo Turton, classificou a reunião entre os conselheiros alvirrubros e os diretores do consórcio que administra a Arena Pernambuco, entre eles o presidente Alexandre Gozanga. Entre os principais assuntos debatidos no encontro, ocorrido na noite da última quinta-feira, está a questão da mobilidade para o estádio. Principalmente nos jogos iniciados às 22h. No entanto, apesar de se mostrar solícita ao problema, o retorno do Náutico aos Aflitos, mesmas nessas condições, está descartado.

"A mobilidade foi o assunto que mais se bateu. Não há condições de um jogo às 22h no estádio, contra o Piauí, por exemplo. Essas coisas precisam serem revistas e a Arena se comprometeu a estudar isso, inclusive com uma comissão dentro do comitê gestor criado pelo Governo do Estado (para estudar pontos do contrato da parceria público privada). A Arena reconhece os problemas existentes", afirmou Turton, que também se mostrou contra um retorno aos Aflitos.

"Isso sequer foi tratado. Para abrir os Aflitos com o conforto mínimo ao torcedor é preciso algumas obras e recuperar o gramado. E isso não vai ser barato. Sou a favor da matemática. Será que financeiramente será melhor para o Náutico? Quantas pessoas efetivamente estarão a mais nesses jogos?", questionou.

Ainda segundo Turton, outras revindicações mais simples dos conselheiros foram mais bem aceitas pelos diretores da Arena Pernambuco. Entre eles, a recolocação dos setores para sócios e conselheiros para a área premiun da Arena e descontos para o estacionamento. "Esses são pontos tratados diretamente entre Náutico e Arena. Acredito eles vão aceitar. Eles entenderam as reivindicações. A postura da Arena foi excelente", elogiou Turton.

No entanto, pelo menos em um assunto, Arena e Náutico não chegaram a um entendimento. No que diz respeito a abertura dos contratos firmados entre o consórcio e outros clubes, como Sport e Santa Cruz. "Esse assunto será tratado pelos departamentos jurídicos. O fato é que no contrato do Náutico há uma cláusula que diz que nenhum contrato entre a Arena e outro clube filiado à Federação Pernambucana pode ter valor maior que o nosso. Não vamos abrir mão disso e ele terão que responder", finalizou Turton.