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Jogando mal, Náutico sai na frente, mas fica no empate com o Macaé na Arena Pernambuco

Gol timbu foi marcado pelo veterano zagueiro Fabiano Eller, no primeiro tempo

postado em 01/08/2015 18:24 / atualizado em 01/08/2015 19:59

Emanuel Leite Jr. /Especial para o Diario

Paulo Paiva/DP/D.A.Press
O mesmo cenário, o mesmo roteiro. Mas, com um resultado um pouco diferente. Como tem sido habitual nesta Série B do Campeonato Brasileiro, o Náutico não perdeu na Arena Pernambuco. Porém, ao contrário do que tem sido habitual, o Timbu não conseguiu vencer. E o segundo empate alvirrubro como mandante em nove jogos foi um castigo à falta de ousadia. O time abriu o placar, mas voltou a mostrar os erros de sempre. Muito lento na transição ofensiva e com dificuldade para finalizar, sofreu a igualdade na etapa complementar, perdeu a chance de assumir a liderança e ainda ficou fora do G4, na quinta colocação.

A forma de atuar do Náutico nesta Série B não é mais novidade para ninguém. Em casa, o Timbu se impõe em campo, pressionando o adversário em seu campo defensivo, sufocando o oponente em sua saída de bola, a fim de impedir que chegue ao ataque. Foi assim que o alvirrubro entrou para cima do Macaé. E os cariocas demonstraram logo cedo que seu setor mais recuado tinha dificuldades para sair com a bola nos pés.

Porém, do mesmo modo como o ponto forte alvirrubro é bem conhecido, notórios são, também, seus defeitos. Os principais deles são as constantes falhas tanto nos passes no último terço de campo, quanto nas finalizações (ou na dificuldade em conseguir finalizar em gol). Somando-se, ainda, uma incomum lentidão na transição ofensiva, o Náutico, com exceção de lances de bolas paradas ou tentativas de fora da área de Willian Magrão, pouco criou nos 30 minutos iniciais.
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Hiltinho era o jogador que parecia mais contagiado pela empolgada torcida - que, embora em pequeno número, parte dela não parou de cantar ao longo da etapa inicial. Era o meia quem dava mais profundidade ao ataque alvirrubro.

Nas poucas vezes em que explorou as pontas, o Náutico conseguiu ser mais incisivo e chegar com mais perigo à área adversária. Foi assim que gerou a sequência de escanteios que viria a resultar no gol de Fabiano Eller. O zagueiro foi o mais rápido na área e encostou para o fundo das redes, colocando o Timbu à frente do placar ao intervalo do jogo.

Castigo
Atrás no marcador, o Macaé voltou para a etapa complementar com uma postura menos defensiva. O time carioca, que no primeiro tempo ficou acuado pela marcação adiantada do Náutico, procurou sair mais para o jogo. Com isso, a partida ficou mais aberta, dando mais espaços para o alvirrubro explorar os contra-ataques. O Náutico, contudo, seguia demonstrando enorme dificuldade em acelerar o jogo.

O alvirrubro era incapaz de criar perigo. A primeira substituição do Timbu não ajudou muito a alterar este cenário. A saída de Carmona - que não dava velocidade - para a entrada de Gil Mineiro, ao invés de um atacante ou outro meio-campista, não contribuiu para dar maior robutez ofensiva. Pelo contrário, o time seguiu lento e sem criatividade.

E o castigo à falta de ousadia alvirrubra veio aos 33 minutos. Após cruzamento, Brinner aproveitou lance confuso na área e bateu Júlio César. O gol do empate. E o Náutico deixou o campo sob vaias.

Ficha do jogo

Náutico 1
Júlio César; Guilherme, Ronaldo Alves, Fabiano Eller e Gastón; João Ananias, Willian Magrão (Renato), Marino (Fillipe Soutto) e Pedro Carmona (Gil Mineiro); Hiltinho e Douglas. Técnico: Lisca.

Macaé 1
Macaé: Rafael; Henrique, Brinner, Thiago Cardoso e Diego; Gedeil, Juninho, Wagner (Dos Santos) e Marquinho (Éberson); Pipico e Anselmo (Jones). Técnico: Marcelo Cabo.

Local: Arena Pernambuco (São Lourenço da Mata-PE). Árbitro: Luiz César de Oliveira Magalhães (CE). Assistentes: Armando Lopes de Sousa (CE) e Arnaldo Rodrigues de Souza (CE). Gols: Fabiano Eller (Náutico); Brinner (Macaé). Cartões amarelos: Gastón (Náutico); Pipico, Gedeil, Wagner, Diego, Thiado Cardoso (Macaé). Público: 6.570. Renda: R$ 109.550,00.