Náutico

VENCEDOR

Após três anos e meio, Lucas Lyra, baleado em frente aos Aflitos, está voltando para casa

Justiça obrigou empresa de ônibus, para qual trabalhava segurança suspeito de ser autor dos disparos, a custear tratamento completo do torcedor alvirrubro

postado em 24/08/2016 20:50 / atualizado em 25/08/2016 14:04

João de Andrade Neto /Superesportes

Brenda Alcantara/Esp DP
Após três anos e seis meses de dor, medo, fé, esperança e superação, o torcedor do Náutico Lucas de Freitas Lyra, baleado na cabeça por um segurança da empresa de ônibus Pedrosa, antes de uma partida contra o Central pelo Campeonato Pernambucano de 2013, está voltando para casa. Na próxima segunda-feira, o jovem, hoje com 23 anos, receberá alta do Hospital Português, onde está internado desde abril daquele ano. Antes, esteve no Hospital da Restauração. O crime, ocorreu no dia 16 de fevereiro, durante uma briga entre torcedores das facções organizadas Fanáutico e Torcida Jovem, esta do Sport. Além de Lucas, a mãe, Cristina Lyra também está voltando para casa. Desde o crime, ela acompanha o filho em tempo integral no hospital.

Por sinal, Lucas vai conhecer uma casa nova. Por conta dos cuidados que ainda requer, a família se mudou para uma residência maior, no bairro da Torre. Por ordem da Justiça, a Pedrosa está arcando com o custeio de 90% do aluguel do imóvel, além dos gastos com homecare, medicamentos e profissionais necessários. O Grande Recife Consórcio de Transportes, que também foi intimado pela Justiça para arcar com todos os custos da recuperação de Lucas, recorreu da decisão.

Lucas, que chegou a ser dado com apenas 1% de chance de sobreviver, está consciente e se comunica normalmente, mas ainda tem os movimentos do corpo comprometidos, principalmente do lado esquerdo. O jovem passou por duas cirurgias na cabeça, ambas custeadas pelo Estado.

“Como o próprio Lucas disse, essa volta para casa é uma coisa que dinheiro nenhum pode comprar. É a volta da liberdade. Nós sempre mantivemos a esperança desse dia ocorrer porque tudo sempre esteve no controle de Deus. É, sem dúvida, a maior de todas as nossas vitórias”, afirmou Mirela Lyra, irmã de Lucas.

JULGAMENTO
A luta da família Lyra agora é por justiça. Isso porque o segurança José Carlos Feitosa Barreto, acusado de atirar no jovem, segue aguardando julgamento em liberdade. Ele irá a júri popular, mas a data da audiência ainda não foi marcada. José Carlos ficou apenas dez dias preso. Ele vai responder por tentativa de homicídio qualificado e porte ilegal de arma.
{'id_site': 18, 'imagem_destaque': 'ns18/app/foto_12711703576/2016/01/25/1448/20160125213136695867i.jpg', 'id_content': 3243382L, 'url': 'https://www.pe.superesportes.com.br/app/fotos/futebol/nautico/2016/01/25/galeria_nautico,1448/cronologia-a-luta-de-lucas-lyra-pela-vida-depois-de-tres-anos-do-crime.shtml', 'titulo_destaque': 'Cronologia: a luta de Lucas Lyra pela vida depois de tr\xeas anos do crime', 'id_pk': 1448L, 'id_conteudo': 3243382L, 'id_aplicativo': 7, 'meta_type': 'foto', 'titulo': 'Cronologia: a luta de Lucas Lyra pela vida depois de tr\xeas anos do crime', 'id_treeapp': 46, 'descricao_destaque': 'Justi\xe7a obriga empresas a pagarem despesas com recupera\xe7\xe3o de Lucas Lyra, baleado em 2013 ', 'schema': 'foto_12711703576'}