Náutico

NÁUTICO

Rodrigo Souza relembra ano no Náutico, comenta parceria com Givanildo e permanência em 2017

Volante é o único jogador do meio de campo que começou o ano como titular

postado em 20/10/2016 15:00 / atualizado em 20/10/2016 14:59

Léo lemos/Náutico
A boa fase do Náutico passa pelo meio de campo. Isso ficou claro assim que Givanildo Oliveira mudou o esquema e decidiu povoar o setor ao invés de ter três atacantes. A partir desta mudança o Náutico não sabe nem o que é empatar. São só vitórias. Passa despercebido que a participação de Rodrigo Souza também foi essencial. O volante tem papel importante na marcação e ainda chega bem ao ataque quando necessário. O gol contra o Paraná foi a prova desta dupla função. Chegou ao gol como elemento surpresa. Um novo momento para quem foi apontado como o melhor jogador do Náutico no início da temporada e quase perdeu o ano por conta de lesão.

Em menos de um ano no Náutico, Rodrigo passou pela mão de três treinadores no CT Wilson Campos. Gilmar Dal Pozzo, Alexandre Gallo e Givanildo Oliveira. Givanildo e Dal Pozzo ele já conhecia há muito tempo e isto facilitou o seu entendimento do sistema. Com Gallo, ele teve o azar de sofrer uma lesão grave no tornozelo e perdeu muito tempo fora de campo. Momentos diferentes e que ele soube caracterizar cada treinador pelo aspecto tático.

“No trabalho, acho que entre os três teve bastante diferença. O Gilmar prezava muito pela posse de bola, pelo toque e gostava da marcação mais alta e agressiva. O Gallo, com quem joguei poucas partidas, gostava de mais velocidade e espaço curto. Com o Givanildo é mais baseado na técnica e no toque de bola”, comentou.

A parceria com Givanildo Oliveira já deu bons frutos no passado. Em 2015, o volante conseguiu colocar o América-MG na Série A ao lado do técnico pernambucano. Agora, com a camisa alvirrubra, o feito pode ser repetido e, segundo Givanildo, seria a primeira vez que ele teria um mesmo jogador em acessos consecutivos. Algo que o atleta espera que ocorra, até porque enxerga muitas semelhanças com o trabalho vitorioso que foi feito em Belo Horizonte.

“O trabalho dele é igual como foi ano passado lá (em Minas Gerais) e está sendo aqui neste ano. O grupo também é bem parecido. Bem mesclado. A diferença é que aqui é um pouco mais jovem. O América era um pouco mais experiente. Mas os dois grupos são muito bons. Os jovens aqui têm dado conta do recado. É só ver o que Joazi, Igor (Rabello), Jefferson Nem e o Rony estão fazendo. Essa é a diferença do grupo do ano passado com esse”, analisou Souza.

Por pouco a parceria com Givanildo não ocorre. Contra o Brasil de Pelotas, em partida válida pela 11ª, o volante sofreu uma falta que o tirou por mais de dois meses da equipe. Rompeu os ligamentos do tornozelo e quase tem que fazer cirurgia. Situação que poderia ter lhe tirado do restante da temporada, mas que por sorte, e pelo bom trabalho de recuperação, não ocorreu.

“Não pensei que tinha acabado a temporada. Apesar do susto ter sido grande, ainda consegui voltar para o jogo, mas vi que não tinha condições. Na hora não me assustou tanto. Depois que o sangue esfriou, as dores foram mais fortes e no exame vimos que tinha o risco de operar. Graças a Deus não passou disso. Os médicos deixaram claro que com o tratamento tinha solução. Tenho que agradecer aos fisioterapeutas e sabia que se seguisse tudo certo daria para pegar alguns jogos”, lembrou.

Quando voltou ao time, encontrou o meio de campo diferente. João Ananias estava recuperado de lesão e voltou a ser peça chave na frente da defesa. A dupla começou a atuar junta assim que Givanildo assumiu o time e o entrosamento não parecia ser problema. A amizade formada nos vestiários facilitou a vida dentro de campo. “João é um excelente volante e que ajuda bastante a parte defensiva. Ele tem um carinho muito grande pela torcida e desde que cheguei criamos uma amizade. Acompanhei de perto a recuperação dele e já ficamos amigos. Isso está refletindo agora dentro de campo”, comentou.

Série A em 2017?
O assunto no CT Wilson Campos não é outro. Garantir o acesso é primordial. É assim que Rodrigo Souza e todo o elenco alvirrubro pensam. Talvez desta vez o volante possa jogar a Série A após conquistar o acesso. Algo que não ocorreu com o América-MG neste ano. O interesse na sua permanência existe. Porém, é algo que o atleta não quer pensar no momento. “Espero que eu fique. Já tivemos algumas conversas, mas por enquanto não quero pensar nisso. Acaba atrapalhando um pouco o rendimento. Conversei com meu empresário sobre isso e só quero voltar a pensar no assunto quando tivermos garantido o acesso. Vamos focar aqui no objetivo.”