Encontrar fatores positivos na pífia campanha alvirrubra na Segunda Divisão deste ano não é tarefa fácil. Amargando a lanterna do campeonato desde a quarta rodada, a equipe passou por um processo de completa reformulação no elenco. Um total de 17 jogadores saíram; outros 18 chegaram. A folha salarial foi, então, reduzida em aproximadamente um terço e hoje custa cerca de R$ 450 mil. É aí onde entra o ponto positivo número 1: o Timbu está pagando os salários do atual elenco em dia.
O Náutico é dono do pior ataque da competição (dez gols) e da segunda pior defesa (24 gols sofridos). Pelos menos a solução para um problema Beto Campos encontrou: a equipe vem apresentando boa evolução defensiva. Nos últimos cinco jogos, foram quatro gols vazados. Com o zagueiro Léo Carioca em campo, atuando improvisado como lateral, o time ganhou estabilidade na defesa e estancou a sangria de gols. No mesmo período, porém, o ataque marcou apenas dois gols.
Com extrema limitação técnica em mãos, Beto Campos tem optado por um esquema “kamikaze”. O Timbu espera o adversário retraído na defesa e joga por uma bola. Foi assim que a vitória veio contra o ABC, por exemplo. O problema nas duas últimas rodadas é que o Náutico não contou com seus dois principais atacantes: Vinícius e Gilmar. Recuperados de lesão, eles devem voltar ao time contra o Londrina, no sábado. Esperança ofensiva, então, renovada.