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Por que você acreditaria que o Náutico não vai ser rebaixado para a Série C de 2018?

Em difícil situação, Timbu precisa de campanha digna de G4 para garantir a permanência no próximo Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão

postado em 20/07/2017 10:30 / atualizado em 20/07/2017 09:02

Léo Lemos/Náutico
Deixe a calculadora de lado. Ignore a probabilidade de 92% de rebaixamento, levantada pelo departamento de matemática da Universidade Federal de Minas Gerais. O Náutico ainda tem 23 rodadas pela frente na Série B. São 69 pontos a se disputar. Tente mais uma vez não pensar que o Timbu precisa de pelo menos 13 vitórias até o fim da competição para escapar da Série C em 2018 - campanha de digna de G4 (56% de aproveitamento). Agora, leve em consideração apenas o futebol que o time comandado pelo técnico Beto Campos vem apresentando até aqui no Brasileiro. E responda com sinceridade: por que você acredita que o Náutico não será rebaixado?

Encontrar fatores positivos na pífia campanha alvirrubra na Segunda Divisão deste ano não é tarefa fácil. Amargando a lanterna do campeonato desde a quarta rodada, a equipe passou por um processo de completa reformulação no elenco. Um total de 17 jogadores saíram; outros 18 chegaram. A folha salarial foi, então, reduzida em aproximadamente um terço e hoje custa cerca de R$ 450 mil. É aí onde entra o ponto positivo número 1: o Timbu está pagando os salários do atual elenco em dia.

O Náutico é dono do pior ataque da competição (dez gols) e da segunda pior defesa (24 gols sofridos). Pelos menos a solução para um problema Beto Campos encontrou: a equipe vem apresentando boa evolução defensiva. Nos últimos cinco jogos, foram quatro gols vazados. Com o zagueiro Léo Carioca em campo, atuando improvisado como lateral, o time ganhou estabilidade na defesa e estancou a sangria de gols. No mesmo período, porém, o ataque marcou apenas dois gols.

Com extrema limitação técnica em mãos, Beto Campos tem optado por um esquema “kamikaze”. O Timbu espera o adversário retraído na defesa e joga por uma bola. Foi assim que a vitória veio contra o ABC, por exemplo. O problema nas duas últimas rodadas é que o Náutico não contou com seus dois principais atacantes: Vinícius e Gilmar. Recuperados de lesão, eles devem voltar ao time contra o Londrina, no sábado. Esperança ofensiva, então, renovada.

União

A falta de ímpeto ofensivo, fragilidade nas laterais e de um goleiro que anda pouco inspirado na temporada, são fatores que jogam contra o Náutico na Série B. Ciente das limitações, o elenco tenta compensar os tantos problemas fechando o grupo. Sem nem querer ouvir falar em rebaixamento, os jogadores estão fechados na missão de evitar a mancha no currículo. "É levantar a cabeça. Ainda temos muito campeonato pela frente. Temos uma batalha difícil contra o Londrina e não desistimos ainda. Vamos lutar até o fim", disse o zagueiro Breno Calixto, um dos símbolos de luta do elenco timbu.