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Quem quer ser artilheiro? Sem Erick, Náutico precisa buscar candidatos a estrela

Na luta contra queda, Timbu tem pior ataque da Série B com apenas 15 gols

postado em 23/08/2017 09:00 / atualizado em 23/08/2017 09:12

Léo Lemos/Náutico
Para escapar do rebaixamento no Brasileiro da Série B, o Náutico precisa somar, no mínimo, outras nove vitórias neste returno. E vitórias se constroem com gols. Esse é o principal problema técnico do clube na competição. Dono do pior ataque, ao lado do ABC, o Timbu soma apenas 15 tentos em 21 jogos. Menos da metade dos gols do Londrina, melhor ataque com 33 gols.

É imprescindível melhorar o rendimento ofensivo para escapar da queda. Como se não fosse o bastante, o time ainda perdeu para o Braga-POR o atacante Erick, artilheiro da temporada e que participou diretamente de um terço dos gols na competição, marcando dois e dando assistência para outros três. Na temporada, são oito - número que dá condição de artilheiro no ano.

Com isso, a vaga de destaque ofensivo fica em aberto. Candidatos não faltam. O que falta é regularidade. Nenhum atleta chegou próximo dos números de Erick no time. Dos 15 gols do Alvirrubro, nove estão distribuídos entre cinco atacantes, o meia Giovanni tem dois, e outros três atletas da defesa têm um gol cada, além de um gol contra, marcado por Éverton Sena, do Goiás. Foi dada a largada para definir quem será o homem gol no restante do ano.

Os principais candidatos

Vinícius

Vinícius teria tudo para ser o principal candidato ao posto de artilheiro. Afinal, ele é o maior goleador do time na Série B, com três tentos anotados nas suas quatro primeiras partidas. Porém, a esperança deu lugar à dúvida. Com fortes problemas de lombalgia, o avançado perdeu espaço na equipe e não conseguiu engrenar como titular.

Gilmar

O experiente Gilmar é o mais forte candidato. Com 11 partidas disputadas, o atacante tem dois gols marcados, assim como Erick. É titular absoluto com Roberto Fernandes e dificilmente deve perder espaço.

Iago e William

Com um gol cada, também estão no páreo Iago e William. Iago, inclusive, foi escolhido pelo técnico para ocupar o espaço de Erick no treino tático da última segunda-feira - ontem, teve apenas um trabalho de finalização - e pode ganhar chance como titular contra o Ceará. Enquanto William, que fez sua estreia contra o América-MG e se machucou em seguida, deve ficar de fora de mais um duelo. Geronimo e Leilson são as outras opções para o ataque, correndo por fora na disputa.

Os que correm por fora

Não apenas os atacantes balançam as redes. Um terço dos gols marcados pelo Náutico nesta Série B veio de outros setores do time. Seja zagueiro, lateral ou meia, o que vale é bola na rede. E na briga para não cair, toda ajuda é bem-vinda.

Giovanni

O meia Giovanni soma dois gols no campeonato e chama a atenção pela boa qualidade técnica que acrescenta ao time, além do bom poder de finalização de longa distância. Já Bruno Mota, o outro armador da equipe, mesmo não tendo marcado ainda com a camisa alvirrubra, ganhou uma função mais avançada com o técnico Roberto Fernandes, chegando a atuar até no papel de ‘falso nove’.

Bruno Mota

Bruno espera se adaptar aos testes e explica a nova função que recebeu do treinador. “Ele pede para armar mais o jogo, como meia. Não ficar apenas lá (na área) parado, porque eu não é a minha. Eu não sou centroavante. Para mim, fica mais difícil jogar de costas. Então ele pede que eu volte para buscar bola e fazer tabelas, além de ficar mais perto da área, para poder ajudar na hora de um passe mais curto ou algo do tipo.”

Mais atrás, na última linha de marcação do time, Manoel, Aislan e Breno Calixto têm um gol cada. Reflexo das jogadas em que os laterais aparecem como ‘surpresa’ na área e dos lances de bola parada com os zagueiros. Entretanto, o número ainda é baixo e aponta uma deficiência que precisa ser mais explorada no time para ajudar a evitar o pior na reta final desta Série B.