No amistoso "Fica, Dênis Marques", CSA vence o Santa Cruz por 1 a 0 no Arruda

No amistoso de entrega de faixas marcado pelo "Fica, Dênis Marques", a torcida coral só comemorou mesmo antes da bola rolar. Em meio à cerimônia festiva no gramado, o presidente Antônio Luiz Neto deu a boa notícia: o contrato com o atacante estava garantido até o final do ano. A renda do jogo, que seria imprescindível para segurar o atleta, tornou-se, então, fundamental para o pagamento das luvas (bônus em dinheiro oferecido como agrado para determinados atletas). O anúncio foi o único motivo para a massa tricolor, de fato, comemorar. Mostrando um futebol de baixíssimo nível, Santa Cruz perdeu para o CSA por 1 a 0, na tarde deste domingo, no Arruda. O gol do Azulão saiu aos 43 do segundo tempo, de falta. Foi o carimbo na faixa. Para o Tricolor, o jogo valeu mesmo para que os mais de seis mil tricolores ajudassem a arrecadar uma renda de R$ 115 mil para o clube. O primeiro tempo da partida festiva foi de dar sono. Não fosse a lembrança recente pela conquista do bicampeonato estadual, que ainda fervilhava nas cabeças dos torcedores corais e os fazia gritar "Bicampeão!" a cada dez minutos, certamente, o silêncio do 0 a 0 na etapa inicial seria ainda mais chateante. Com poucas oportunidades e sem inspiração, CSA e Santa Cruz cansaram de errar passes. Em um ou outro momento, os lapsos de bom futebol aparecia em lances de perigo. Aos 11 minutos de jogo, o melhor momento do primeiro tempo. A defesa coral parou e o atacante Vágner, sozinho, na risca do pênalti bateu em cima do goleiro Diego Lima. Dois minutos depois, Dênis Marques teve a sua melhor participação no jogo. Em lançamento de Diogo, o atacante encobriu o goleiro com categoria e a bola beijou o travessão e ficou quicando na linha do gol até ser tirada pela zaga do Azulão. Luciano Henrique e Flávio Caça-Rato ainda tiveram uma chance cada, mas sem sucesso. Aos 34, o lateral direito Alves pegou uma sobra de bola despretensiosa e, de longe, soltou uma bomba. A bola explodiu no travessão. Na volta para o segundo tempo, o Santa Cruz veio com o time praticamente todo alterado, apenas mantendo Diego Lima, Branquinho, Diogo e Jefferson Maranhão no time. O CSA fez seis alterações. Os atletas mudaram, mas o futebol continuou o mesmo. Tirando uma cobrança de falta de Ronaldo para uma bela defesa do goleiro coral. Alheio ao futebol, a cena que mais chamou atenção foram os seguranças do Santa Cruz correndo atrás de três menores de idade que estavam praticando furtos no setor das sociais. O jogo foi se arrastando em meio as ilimitadas substituições. Para acordar a torcida, aos 35 Geílson cobrou falta com perfeição e fez o gol. O árbitro, todavia, anulou porque estava autorizando uma troca de atletas do Azulão. Quando estava valendo, Geílson mandou no tavessão. Foi o melhor que o segundo tempo ofereceu em campo. Quando o jogo parecia que iria acabar sem gols, eis que Ronaldo acertou uma cobrança de falta perfeita, no ângulo, e fez o gol da vitória do CSA. Ficha técnica Santa Cruz 0 (1° tempo) Diego Lima (Cley); Diogo, Vágner, William Alves e Jefferson Maranhão; Chicão, Memo, Luciano Henrique e Natan (Braquinho). Dênis Marques e Flávio Caça-Rato. (2° tempo) Diogo Lima (Cley); Diogo (Jefferson Bruno), Leandro Souza, André Oliveira e Jefferson Maranhão; Sandro Manoel, Léo, Weslley e Branquinho (Pedro Adriano); Carlinhos Bala e Geílson. Técnico: Zé Teodoro. CSA/AL 1 Beto (Anderso Paraíba); Alves (Leandrinho), Leandro (Kleberson), Fabiano (Diego) e Adalberto (Rafael); Levi (Duda), Vágner (Sinval), Gustavo (Danilo) e Badinho (Ronaldo); Paulinho Macaíba (Maxwell) e Celico (Marcelo). Técnico: Lorival Santos Local: Arruda, no Recife. Amistoso interestadual. Árbitro: Giorgio Wilton (PE). Assistentes: Karla Santana (PE) Marlon Rafael (PE). Gol: Ronaldo (C). Cartões amarelos: Branquinho (SC) e Fabiano (C). Público: 6.021 Renda: R$115.820,00.