Santa Cruz

Série C

Adversário como espelho

Rival do próximo sábado, Fortaleza faz campanha que serve de exemplo ao Santa Cruz

postado em 11/10/2012 08:40 / atualizado em 11/10/2012 10:25

Brenno Costa /Diario de Pernambuco

(LC MOREIRA/DIVULGAÇÃO)
Quando pisar no gramado do Arruda, às 16h do próximo sábado, o Santa Cruz estará diante um rival tricolor que poderia servir como espelho. A três rodadas do fim da primeira fase da Série C, o time coral ainda busca identidade e, ao mesmo tempo, se vê pressionado na luta por uma vaga na fase de mata-mata. Não tem espaço para testes e, muito menos, para erros. Está em condição oposta ao Fortaleza, clube já classificado à etapa seguinte e que chega ao Recife com o respaldo de números extremamente favoráveis.

Na realidade, os dois clubes poderiam estar em condições iguais se apenas o peso da tradição fosse levado em conta. A diferença do Santa Cruz para o rival, porém, é o time titular já definido. O técnico Vica assumiu o Leão ainda na terceira rodada da competição no lugar de Nedo Xavier. Desde então, mudou o desenho tático do 4-4-2 para o 3-5-2 e manteve a equipe titular até que pegasse consistência.

Assim, construiu um dos grupos mais fortes da competição. Com o novo treinador, o Triolor do Pici não levou sequer um gol como visitante e passou a ter a melhor da defesa da Terceirona ao lado do Chapecoense, do Grupo B. São apenas nove gols sofridos. Dessa maneira, o Fortaleza se mantém invicto e faz história. Sem perder há 13 rodadas, a equipe quebrou a marca do time que disputou a Primeira Divisão de 1973 e escreve a maior sequência sem derrotas do clube em Campeonatos Brasileiros.

Liderança
Em campo, a liderança é refletida em um velho conhecido dos pernambucanos. Destaque no Sport e no Náutico, Geraldo, aos 38 anos, é a referência. O meia deixou para trás a desconfiança do antigo treinador e assumiu de vez a camisa 10. Ao seu lado, ele conta com o fôlego dos alas Rafinha e Guto. Quando o cérebro da equipe está bem marcado, os dois viram as alternativas para o ataque.

A dupla ofensiva, por sinal, merece um capítulo a parte. Durante a disputa da Série C, o time se viu órfão das opções consideradas titulares. Waldison e Jailson se machucaram e só retornaram ao grupo nesta reta final. Vica teve que acionar Assisinho e Cléo. Mesmo assim, a equipe continuou marcando gols e passou a ter o terceiro melhor ataque.