Santa Cruz

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Santa Cruz vacila na marcação e perde para o Ceará no retorno da torcida ao Arruda

Tricolor tentou pressionar no segundo tempo, mas não conseguiu marcar o gol

postado em 26/07/2014 18:14 / atualizado em 26/07/2014 20:12

Alexandre Barbosa /Diario de Pernambuco

Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
O reencontro com a torcida no Arruda, após 53 dias separados, não foi da maneira que o Santa Cruz esperava. O Tricolor voltou a apresentar falhas na defesa, que custaram a derrota por 3 a 2 para o Ceará - a terceira desde o retorno da Série B após a Copa do Mundo. O curioso foi a diferença de ritmo nos dois tempos da partida. Todos os gols foram marcados na primeira etapa. Na segunda parte do jogo, foi pressão total da equipe coral, mas sem uma grande chance de empate.

O ritmo no início de partida foi lento, mas mudou completamente após os 20 minutos. O Ceará abriu o placar aos 22 com Bill, após falha de Memo, que afastou mal uma bola, dando início a uma sequência de gols no primeiro tempo. O Santa Cruz parecia sentir o gol, encontrando dificuldades para armar as jogadas, mas conseguiu o empate aos 27, num belo chute de Wescley, substituto de Carlos Alberto, que foi no ângulo.

A virada foi relâmpago. Dois minutos depois, o Santa Cruz se livrou de um contra-ataque do Ceará e contragolpeou de maneira mortal. Sandro Manoel recuperou a bola e lançou Keno, na esquerda. O atacante serviu Léo Gamalho que, da entrada da área, acertou mais um belo chute, sem defesa para Jailson.

Empurrado pela torcida, com mais volume, o Santa Cruz havia se encontrado no jogo. Chegou a pressionar o Ceará, mas não ampliou o marcador. Bem no ataque, porém, o Tricolor continuou, a exemplo de partidas passadas, dando espaço na marcação. Perigoso, líder do campeonato até então, o adversário soube aproveitar as brechas.

Da mesma maneira em que virou o jogo em duas jogadas, o Santa Cruz viu o placar ruir no final do primeiro tempo. Aos 38, Vicente teve incrível facilidade para cruzar da esquerda e encontrar Magno Alves, livre, no meio da área, para tocar para o gol. Aos 46, num despretencioso escanteio, no último lance da etapa, Sandro marcou de cabeça: 3 a 2.

O Santa Cruz voltou melhor para o segundo tempo, pressionando o Ceará, mas sem conseguir uma jogada efetiva que levasse perigo ao goleiro Jailson. Conforme o tempo passava, a ansiedade e a pressão da torcida começavam a influir no jogo. O Tricolor passou a errar passes demais, dando espaços para os contra-ataques do adversário, cada vez mais perigosos.

Sérgio Guedes tentou mexer no time na busca por uma alternativa de jogo. Testou Caça-Rato na vaga de Wescley, deixando Natan, que havia entrado um pouco antes, na criação. A ideia talvez fôsse buscar mais jogadas pelos lados, mas havia uma lentidão muito grande na saída de bola. Assim, não importou a forte pressão do Santa Cruz, diante de um Ceará muito bem fechado na defesa. O Vozão segurou uma importante vitória fora de casa.

Ficha do jogo

Tiago Cardoso; Tony, Renan Fonseca, Everton Sena e Renatinho; Sandro Manoel, Memo, Danilo Pires (Natan) e Wescley (Flávio Caça-Rato); Léo Gamalho e Keno. Técnico: Sérgio Guedes

Ceará
Jailson; Marcos, Sandro, Diego Ivo e Vicente; João Marcos, Eduardo (Alex Lima), Ricardinho e Nikão (Michel); Bill e Magno Alves (Lulinha). Técnico: Sérgio Soares

Estádio: Arruda. Árbitro: André Luiz de Freitas (GO). Assistentes: Christian Passos Sorence e Leone Carvalho Rocha (ambos de GO). Gols: Bill (aos 22 do 1oT), Wescley (aos 27 do 1oT), Léo Gamalho (aos 29 do 1oT), Magno Alves (aos 38 do 1oT), Sandro (aos 46 do 1oT). Cartões amarelos: Wescley (SC), Sandro (CE), Marcos (CE), Sandro Manoel (SC), Nikao (CE), Tony (SC), João Marcos (CE), Ricardinho (CE), Léo Gamalho (SC). Público: 17.248. Renda: R$ 269.869.