Santa Cruz

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Apresentado no Santa Cruz, Canindé se diz diferente de Sérgio Guedes: "Sou mais agitado"

Novo técnico coral motivar atletas, reafirma sonho no acesso e chama pressão para si

postado em 22/09/2014 16:02 / atualizado em 22/09/2014 18:24

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Yuri de Lira/DP/D.A. Press
Oliveira Canindé chegou na sala de imprensa do Arruda aparentemente tímido. Limitou-se nas palavras quando foi se apresentar. Mas, à medida que as perguntas começavam a serem feitas, soltou-se. Mostrou-se um frasista dos melhores. Diz que chega motivado no Santa Cruz. Sonha com o acesso. Garante que não teme pressão. Chama a torcida para o seu lado e se define como um motivador nato. Traça de si mesmo um perfil de treinador diferente do seu antecessor, Sérgio Guedes. Não quer decepcionar uma torcida que lhe impressiona há tempo.

O novo técnico do Santa falou que não é nada contido à beira do campo. Uma característica bem distinta da do ex-comandante tricolor. "Acho que sou mais agitado. Gosto de participar. Participo muito. Às vezes, até além da conta. Tento até me controlar", disse Canindé. Assim, ele pretende levar o Tricolor ao G4 da Segundona. A começar com uma vitória nesta terça-feira, diante do Oeste, no Arruda. "Vamos nos empenhar para que isso aconteça. Vamos mexer e remotivar (os jogadores). Temos um grupo bom, competitivo e com muita qualidade. Acreditamos sempre. Nós desejamos o acesso", pontuou.

Para isso, porém, pede o apoio dos torcedores. Torcida tal que o fascina desde quando ele viu o José do Rêgo Maciel lotado. À época, ainda treinava o Guarany de Sobral, na Série D. Em 5 de setembro de 2010, em um jogo que acabou 4 a 3 para os corais, impressionou-se com a massa coral. "Já naquele dia pensei que viria treinar esta equipe. Desejava que isso acontecesse. A torcida é muito forte. Sei que estou subindo na carreira", falou. "Lembro que não conseguia nem mandar a mensagem para os meus jogadores por causa do barulho. Nosso torcedor precisa ser assim. Jogar com a equipe, nos empurrar, que seremos forte o suficiente para vencermos. Isso mexe com os brios dos atletas e de qualquer técnico", completou.

Oliveira Canindé falou ainda do primeiro contato que teve com os atletas, ainda no domingo. Comandou nesta segunda-feira o seu segundo treino e já gosta do ambiente no clube. "Tive pouco tempo, mas gostei do grupo. conhecia a maioria só de jogar contra. Vamos trabalhar para que assimilem o nosso trabalho de imediato". Mesmo sem ter trazido ninguém da sua comissão técnica, uma situação imposta pelo Santa Cruz para a assinatura do contrato, entende que os auxiliares que já estão no clube (Adriano Teixera e Everaldo Pierrot) vão ser fundamentais para ele. "Não tenho dificuldades em lidar com ninguém. Se estão aqui, é para o bem de todos".

Chamou a pressão para si

Quando perguntado se sentia "confortável" por assumir o time apenas na reta final da Série B e não ter, teoricamente, uma carga tão grande sobre ele em caso de não conseguir o acesso, foi enfático na resposta."Não existe treinador que se sinta confortável no cargo. É instabilidade o tempo inteiro".