Santa Cruz

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Quase metade dos gols sofridos pelo Santa Cruz na Série A são de chutes à longa distância

Tricolor foi vazado de fora da área seis vezes, seja de falta ou com bola rolando; Corinthians tem Bruno Henrique como arma para vazar os corais desta forma

postado em 24/06/2016 13:04 / atualizado em 24/06/2016 13:05

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Rafael Martins/Esp. DP
Dos 13 gols que o Santa Cruz sofreu na Série A do Brasileiro, quase metade deles foi a partir de chutes de longe dos adversários - 46% no total. O último na derrota por 1 a 0 para o Flamengo, no Arruda. Antes, o Tricolor acabou sendo vazado à distância outras cinco vezes no campeonato, seja de falta ou com a bola rolando. A culpa por muitos dos gols sofridos de fora da área recai sobre um sistema defensivo que tem errado na hora de diminuir espaços no meio-campo. Algumas vezes sem o setor contar com volantes de ofício, a compactação no setor tem sido falha. Até mesmo o goleiro e ídolo Tiago Cardoso não escapa das críticas de parte da torcida. O fato não pode voltar a se repetir neste sábado, em São Paulo, frente ao Corinthians, que tem como arma Bruno Henrique, com dois dos seus três gols no campeonato feitos de chutes longos. 

Embora figura presente no panteão de maiores jogadores da história do clube, Cardoso tem sido alvo de julgamento por estes gols que, a princípio, parecem defensáveis. Para o camisa 1, isso é apenas uma impressão falsa. Em sua concepção, o gol sofrido por ele contra o Flamengo, por exemplo, era realmente inevitável. “A bola fez uma curva inesperada. E a minha visão também estava tampada. Quando eu vi, a bola já estava fazendo a curva. Era impossível de eu pegar aquela bola”, disse. “Para mim, foi indefensável. Se não fosse, eu teria defendido”, completou.

Sobre as críticas que recebeu ainda das arquibancadas por uma parcela mínima de torcedores, o ídolo prefere não somatizá-las. "Vai da opinião, da avaliação de cada um. Mas eu estou com a consciência tranquila, pois realmente não dava para pegar aquela bola. Se ele (Willian Arão) chutasse de novo, tomaria o gol de novo."   

De volta após suspensão, Uillian Correia, único jogador do time titular com características que mais se aproximam a de um volante de contensão, exime o goleiro e fala que a culpa pelos gols de longe é mesmo da retaguarda tricolor, que por vezes se posiciona de forma escancarada.

“Tem que corrigir o detalhe, diminuir o espaço no chute de longa distância. O Milton (Mendes) tem cobrado muito da gente, e eu sei que a maioria desses gols de fora da área são bonitos, extraordinários, mas, se começar a diminuir a distância, vai fazer a diferença", avaliou. O treinador Milton Mendes não deixa de reconhecer o excesso de gols desta natureza sofridos pelo Santa no campeonato. “Acho que a nossa equipe é a que mais leva gols bonitos dos adversários. Dificulta muito para nós.”

Os gols à longa distância sofridos pelo Santa Cruz na Série A

Fluminense 2 x 2 Santa Cruz

Gol de falta de Gustavo Scarpa

Santa Cruz 4 x 1 Cruzeiro

Gol de falta de Arrascaeta

Atlético-PR 1 x 0 Santa Cruz

Gol de fora da área de Deivid

Santa Cruz 0 x 2 Santos
Gol de fora da área de Zeca

Palmeiras 3 x 1 Santa Cruz

Gol de Jean após cobrança de falta ensaiada

Flamengo 1 x 0 Santa Cruz
Gol de fora da área de William Arão