Santa Cruz

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Por sonho de fuga do Z4 e estabilidade entre defesa e ataque, Santa Cruz recebe o Atlético-PR

Tricolor se depara com melhor retaguarda da Série A, mas em compensação enfrenta sistema ofensivo que tem custado a balançar as redes no Campeonato Brasileiro

postado em 14/09/2016 08:00 / atualizado em 14/09/2016 18:08

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Paulo Paiva/DP
Os dois últimos tropeços do Santa Cruz na Série A evidenciaram um desequilíbrio entre defesa e ataque. Contra Chapecoense (2 a 2) e Sport (5 a 3), o time fez cinco gols, mas acabou levando sete. Se quiser ainda sonhar com uma fuga do rebaixamento, os comandados do técnico Doriva vão ter que pôr fim a esta irregularidade entre os setores a partir desta quarta-feira. Às 21h, o Tricolor recebe o Atlético-PR, no Arruda. Em teoria, o oponente dá a chance para a retaguarda coral melhorar o seu rendimento recente. Isso porque o Furacão possui o terceiro sistema ofensivo mais ineficiente do campeonato. Por outro lado, os atacantes da equipe pernambucana se deparam com um adversário que é o menos vazado da Primeira Divisão.

No Clássico das Multidões, na Ilha do Retiro, foram cinco gols sofridos na segunda etapa. Os três últimos em apenas 12 minutos. “Tomar cinco gols em um tempo só é uma coisa caótica. O nível de concentração baixou muito. A gente se descuidou. Até então, estávamos tomando poucos gols”, disse Doriva. Diante da Chape, no entanto, houve também um “apagão” nos momentos finais da partida. O Tricolor cedeu o empate faltando oito minutos para acabar o jogo, quando Danilo Pires cometeu um pênalti, convertido por Bruno Rangel.

Após tantos erros e com a marca negativa de ser a terceira pior do campeonato, a retaguarda coral enfrenta um ataque que custa para balançar as redes. O Atlético-PR fez apenas 23 gols em 24 partidas, ou seja, tem uma média de menos de um feito por rodada no Brasileirão. Em compensação, o Furacão ostenta uma defesa que é a mais eficiente de toda a elite, vazada somente 22 vezes.

Apesar do crescimento nas duas derradeiras rodadas, o ataque do Santa Cruz ainda não é tão bom em números absolutos. Para transpor este sólido sistema defensivo paranaense, contará de novo com Bruno Moraes, que será titular pela segunda vez seguida no lugar de Grafite, ainda em tratamento de lesão na coxa direita e só disponível na rodada seguinte. O “General” fez gols nos três últimos jogos que participou. Seja com ele ou com qualquer outro atletas, Doriva pede mais estabilidade no time.

“É básico: é fazer gols e não tomar gols. A gente tem que estar concentrado, ligado no jogo. A gente já estava no limite e continuamos no limite. A gente precisa da vitória. Não tem jogo fácil no Campeonato Brasileiro. O Atlético-PR é forte, competitivo, mas temos também demonstrado que podemos fazer grandes jogos e vamos nos apegar às coisas boas que a gente fez”, pontuou Doriva.

Time
Além da ausência do experiente centroavante Grafite, Doriva não conta também com o volante Derley, que vai precisar cumprir “gancho” após ter recebido cartão vemelho no Clássico das Multidões. O treinador não quis adiantar quem será o substituto dele na cabeça de área. Mas a tendência é que Jadson seja escalado. O jogador foi acionado entre 11 diante da Chape, também por conta de uma suspensão de Derley.

Adversário
O treinador Paulo Autuori tem os laterais Rafael Galhardo e Sidcley como desfalques. Ambos estão lesionados. Outras quatro peças seguem entregues ao departamento médico: o zagueiro Cleberson, o volante Deivid, além dos meias Nikão e João Pedro. Contudo, o comandante rubro-negro conta com  retorno do zagueiro Paulo André depois de suspensão automática.

Santa Cruz
Tiago Cardoso; Léo Moura, Neris, Danny Morais e Allan Vieira; Uillian Correia, Jadson (Danilo Pires), João Paulo, Pisano e Keno; Bruno Moraes. Técnico: Doriva.

Atlético-PR
Weverton; Léo, Paulo André, Thiago Heleno e Nicolas; Otávio, Hernani e Matheus Rossetto; Yago (Lucas Fernandes) e Pablo; André Lima. Técnico: Paulo Autuori.

Local: Arruda (Recife-PE). Horário: 21h. Árbitro: Dewson Fernando Freitas da Silva (Fifa-PA). Assistentes: Hélcio Araújo Neves (PA) e Heronildo Freitas da Silva (PA). Ingressos: R$ 40 (arquibancada inferior e proprietários de cadeira ou camarote), R$ 15 (sócios), R$ 60 (cadeira para sócios), R$ 70 (cadeira de aluguel) e R$ 20 (sócio-proprietário de cadeira ou camarote).

O ataque do Santa Cruz
27 gols feitos em 24 jogos
Média de 1,1 por rodada
5 gols feitos nos 2 últimos jogos
O 5° pior ataque, melhor que Internacional e São Paulo (26); Atlético-PR (23); Figueirense (22) e América-MG (15).

A defesa do Santa Cruz
38 gols sofridos em 24 jogos
Média de 1,5 por rodada
7 gols sofridos nos últimos dois jogos
A 2ª pior da Série A, igual a América-MG e melhor que Sport e Chapecoense (39)

O ataque do Atlético-PR
23 gols feitos em 24 jogos
Média de 0,95 por rodada
O 3° pior ataque, melhor que Figueirense (22) e América-MG (15)

A defesa do Atlético-PR
22 gols sofridos em 24 jogos
Média de 0,91 por rodada
A melhor defesa da Série A