Santa Cruz

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Com tempo para reação na Série A se exaurindo, Santa Cruz desafia a Ponte Preta, em Campinas

Técnico Doriva quer vitória no jogo, que começa às 17h30 deste domingo, para, no mínimo, o time tricolor chegar com vida nas cinco últimas rodadas da Série A

postado em 15/10/2016 17:00 / atualizado em 15/10/2016 17:13

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Natália Barros/Santa Cruz
As desculpas pelas derrotas têm sido as mesmas. Soam repetitivas. No entendimento do técnico Doriva, o Santa Cruz tem jogado bem, mas ora falta força defensiva ao time, ora se erra na finalização, ora o adversário é capacitado demais. A “luzinha no fim do túnel” que ainda enxerga o treinador está se acabando. E as desculpas dele também. Às 17h30 deste domingo, no Moisés Lucarelli, o Tricolor enfrenta a Ponte Preta. Ao fim da partida, resta saber se as justificativas do comandante serão as mesmas, se mudarão ou se uma vitória será capaz de tornar o rebaixamento à Série B um pouco menos concreto. De adiar por mais tempo uma queda praticamente consumada.    

O Santa Cruz está no limite da margem de erros. Seguindo as projeções que apontam 46 pontos como margem histórica de permanência na elite, o aproveitamento necessário agora para o Tricolor escapar é de 95,8% nestas oito rodadas. Impossível imaginar reação tamanha de um time vindo de cinco derrotas consecutivas, estacionado na vice-lanterna e com 11 pontos de distância da parte de fora do Z4.

Doriva está ciente desse cenário de iminente queda. Anseia, no mínimo, que o time chegue nas cinco últimas rodadas (ou seja, daqui a mais três) com vida na competição. “Estamos no limite. A gente tem que arriscar, tomar a iniciativa do jogo, correr risco, porque precisamos da vitória para tentar ter sequência e chegar com vida nos últimos cinco jogos”, declarou. Insiste, porém, na ideia que um triunfo pode ainda ser o começo de uma guinada do Santa Cruz na tabela. “Primeiro, temos que conseguir uma vitória. Temos que ir passo a passo. A gente tem jogado bem e as vitórias têm escapado por detalhes.”

Os três pontos no interior paulista não virão com facilidade. A Macaca visa à classificação à Libertadores e detém o status de sétimo melhor mandante da elite - com um aproveitamento de 71,1%. “Você tem que ter inteligência para gerir isso tudo. Mostrar as falhas, mostrar que os jogadores podem melhorar nível de concentração e participação para minimizar os erros. A gente espera que isso possa acontecer nesse próximo jogo”, pontuou o treinador. Caso se olhe para o passado, um bom resultado se torna ainda mais improvável. Santa e Ponte se enfrentaram dez vezes na principal divisão do país e o máximo que os corais conseguiram nestas partidas foram quatro empates, nunca no Moisés Lucarelli.

Time
Há quatro jogos na temporada como reserva, Tiago Cardoso poderá voltar a atuar. Isso porque Edson Kölln machucou as costas e se tornou dúvida. O time ainda deve ter o retorno do lateral esquerdo Allan Vieira à titularidade. Cumprida a sua suspensão, ele tende a retomar o posto que foi ocupado por Roberto contra o Corinthians. Doriva, entretanto, segue ainda sem Derley e Pisano - em fase final de recuperação de tendinite nas pernas e com caxumba, respectivamente. Dessa maneira, Jadson e Arthur permanecem na equipe de cima.

Adversário

Após três derrotas seguidas, a Ponte conseguiu voltar a vencer na rodada passada e já mira o G6. Para ganhar do Santa Cruz e se aproximar da zona de classificação à Libertadores, o técnico Eduardo Baptista não poderá contar com o zagueiro Fábio Ferreira e o atacante Pottker, ambos suspensos. Douglas Grolli e Kadu disputam a vaga do primeiro. Rhayner deve atuar no lugar do segundo. Em compensação, o treinador tem de volta o meia Galhardo, que cumpriu suspensão automática.

Ficha técnica


Ponte Preta
Aranha; Nino Paraíba, Douglas Grolli (Kadu), Antônio Carlos e Reinaldo; João Vitor, Wendel e Maycon (Galhardo); Rhayner, Clayson e Roger. Eduardo Baptista.

Santa Cruz

Tiago Cardoso; Léo Moura, Neris, Danny Morais e Allan Vieira; Uillian Correia, Jadson e João Paulo, Keno e Arthur; Grafite. Técnico: Doriva.

16 de outubro de 2016
Estádio: Moisés Lucarelli (Campinas-SP). Horário: 17h30 (horário do Recife). Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (Fifa-MG). Assistentes: Bruno Boschiilia (Fifa-PR) e Pablo Almeida da Costa (MG)