Sport

Reação

Sport atropela o Náutico na Ilha

Placar de 2 a 0 não refletiu a superioridade rubro-negra. Na jaula, Leão rugiu mais alto

postado em 09/08/2011 23:06 / atualizado em 10/08/2011 00:11

Lucas Fitipaldi /Diario de Pernambuco

Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
A história desse Clássico dos Clássicos contradisse o clichê, pois o detalhe passou longe de fazer a diferença na Ilha do Retiro. Venceu quem fez por merecer. O 2 a 0 Sport poderia ter sido 3, 4, 5 a 0. Há tempos Pernambuco não via tanta disparidade num clássico.  Após duas derrotas consecutivas, o Leão se renova na Série B, superior do início ao fim dentro do seu habitat natural. Na jaula, quem manda é o Leão, avisou com outras palavras o técnico Mazola dois dias antes. O tabu está mantido: há sete anos, o Sport não perde para o rival na Ilha.

No dia em que Marcelinho Paraíba bailou, Kieza e Eduardo Ramos foram meras figuras decorativas. Os principais personagnes pré-clássico apenas entraram em campo. Jogar é outra coisa. Se realmente não tinham condições, o sacrifício não valeu à pena. Melhor para o Sport, que pulou para 5º lugar,com 23 pontos, apenas um atrás do 4º colocado Paraná. O Náutico permanece no G4, em 3º, com 26.

Mais ofensivo, com Marcelinho e Diego Torres no setor de criação, além da nova dupla de ataque formada por Paulista e Júnior Viçosa, o Leão se impôs desde o início. O Sport criou pelo menos três boas chances de gol no primeiro tempo, transformando Gideão na maior figura da etapa inicial.

Duas excelentes defesas do arqueiro timbu no mesmo lance, aos 18 minutos, garantiram o placar em branco na descida para o intervalo. Os chutes de Júnior Viçosa e Paulista pararam na barreira armada em forma de gente debaixo dos três paus.

A terceira grande intervenção veio na excelente falta cobrada por Wellington Saci. O grito de gol ficou preso na garganta dos rubro-negros. Enquanto o Sport esbanjava determinação, os alvirrubros pareciam dosar o ritmo. O trio Eduardo Ramos, Kieza e Rogério simplesmente não conseguiu jogar. Ao final do primeiro tempo, o empate teve sabor distinto.

O início da segunda etapa seguiu o mesmo script. Logo aos 5 minutos, Gideão espalmou falta cobrada por Marcelinho Paraíba. Aos 7, o mesmo Marcelinho quase abriu o placar. Gideão desta vez apenas observou a bola passar rente à trave depois do chute seco. A blitz rubro-negra continuou. Paulista teve boa oportunidade aos 11, mas demorou a chutar, caiu na área e ficou reclamando de um pênalti não marcado pelo árbitro. No lance seguinte, Viçosa driblou três antes de deixar a bola escapar. Mais uma vez faltou chute.

Coube a Marcelinho o papel de justiceiro. Aos 14 minutos, ele bateu cruzado como se fosse cruzar. A bola foi direto para o gol traindo Gideão. Gol. Redenção. A vantagem no placar acelerou ainda mais o time rubro-negro. Com as rédas do jogo, coube ao Sport finalizar o adversário. O nocaute veio aos 36 minutos, acompanhado do selo de qualidade Marcelinho, autor da bela trama com Bruno Mineiro. Maylson estufou a rede, cara a cara com Gideão, lavando a alma de uma nação renovada.