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Sport joga mal, perde para o Bahia e se aproxima da zona de rebaixamento

postado em 17/06/2012 17:56 / atualizado em 17/06/2012 19:54

Celso Ishigami /Diario de Pernambuco

FELIPE OLIVEIRA/AGIF/AE

Como prometido, o Sport mudou sua forma de jogar. E pagou caro por isso. Sem que seu sistema defensivo repetisse os bons desempenhos dos confrontos anteriores e esbarrando em suas deficiências técnicas, o Leão perdeu por 2 a 1 para o Bahia, em Pituaçu. Nem mesmo o grave erro da arbitragem no primeiro gol tricolor livrou a diretoria leonina das duras críticas da torcida. Sem pontuar há duas rodadas, os rubro-negros se aproximaram perigosamente da zona de rebaixamento e agora precisam lutar contra um outro adversário: a crise.

As previsões se confirmaram e mais uma vez o técnico Vágner Mancini foi obrigado a mexer na formação do Sport. Sem Hamilton - que recusou-se a viajar com a delegação - o treinador puxou Tobi de volta para a cabeça de área e escalou Renato na lateral direita. Mas esta não foi a única mudança. Disposto a aumentar a posse de bola do Leão, Mancini adiantou a marcação da equipe.

Mas logo ficou comprovado que as limitações técnicas são um empecilho longe de ultrapassado. Os rubro-negros erravam passes excessivamente, cedendo oportunidades para que o Bahia agredisse em contra-ataques. E quando se imaginava que o time do Sport era a pior coisa em campo, surge o auxiliar Márcio Luiz Augusto. Aos 14 minutos, Elias recebeu pela direita, e apesar do impedimento clamoroso, entrou cara a cara com Magrão. O estreante teve calma para escolher o canto e bater na saída do goleiro leonino.

Em desvantagem no placar, o Sport precisava sair para o jogo. E a cada tentativa, esbarrava nas próprias deficiências. Só no primeiro tempo, foram 19 erros de passe, cinco de cruzamento, sete de finalização, nove de lançamento e quatro de drible. Os rubro-negros espantaram em apenas duas oportunidades: num belo chute de Marquinhos Gabriel e numa cabeçada de Bruno Aguiar. O time pedia mudanças urgentes.

Para mudar o cenário da partida, Mancini promoveu a reestreia do meia-atacante Willians, que entrou na vaga de Thiaguinho. O Bahia passou a administrar o resultado, tentando ampliar em contra-ataques, enquanto os rubro-negros dominavam as ações no meio de campo. Pela primeira vez neste Brasileirão, o Leão teve mais posse de bola que o adversário. E foi premiado pela insistência.

Ainda que a deficiência técnica irritasse os torcedores, o Sport passou a rondar a intermediária tricolor com frequência. Depois de algumas tentativas frustradas, o empate saiu aos 24. Rivaldo arrancou pela esquerda, e cruzou no segundo pau, encontrando um elemento surpresa. Livre de marcação, o zagueiro Bruno Aguiar acertou um belo voleio de esquerda, sem chance para qualquer reação de Marcelo Lomba.

Os rubro-negros estiveram muito perto da virada, quando Willian chutou em cima de Marcelo Lomba, dentro da pequena área. E a bola pune. Aos 40, depois de o Bahia recuperar uma bola perdida por Renê, o volante Jahel subiu sozinho, escorando o cruzamento no canto direito de Magrão. Fim do sofrimento da torcida rubro-negra e início da crise na Ilha do Retiro.


Bahia
Marcelo Lomba; Fabinho, Danny Morais, Titi e Ávine; Fahel, Diones, Magno (Vander) e Jones (Hélder); Júnior e Elias (Lulinha). Técnico: Paulo Roberto Falcão.

Sport
Magrão; Renato (Reinaldo), Bruno Aguiar, Edcarlos e Rivaldo; Tobi, Rithely, Marquinhos Paraná (Renê) e Thiaguinho (Willians); Marquinhos Gabriel e Felipe Azevedo. Técnico: Vágner Mancini.

Local: Estádio Pituaçu (Salvador).
Árbitro: Guilherme Ceretta de Lima (Asp Fifa-SP)
Assistentes: Márcio Luiz Augusto (SP) e Anderson Moraes Coelho (SP)
Gols: Elias, Fahel (B) e Bruno Aguiar (S).
Cartões amarelos: Titi (B), Willians, Rithely e Tobi (S)