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Mais crise

Sport toma virada no fim para o Atlético Mineiro e segue afundado na Série A

Leão da Ilha perdeu gols e ainda reclamou bastante dos erros da arbitragem

postado em 14/10/2012 17:52 / atualizado em 14/10/2012 18:35

Lucas Fitipaldi /Diario de Pernambuco

Alexandre Guzanshe/EM/ DA Press
O cenário era perfeito até os 30 minutos do segundo tempo. Vitória por 1 a 0, fora de casa, contra um adversário na briga pelo título. Tão perfeito quanto improvável. O quadro mudou completamente em apenas 15 minutos. Leonardo, que entrou no segundo tempo, foi o carrasco do Sport na tarde deste domingo. Com dois gols, o atacante do Atlético/MG garantiu a virada do Galo pra cima do Leão no Independência e acentuou ainda mais a crise na Ilha do Retiro. O Sport segue moralmente rebaixado, a oito pontos do Bahia, o primeiro fora da zona. Agora restam apenas oito rodadas. Quinta-feira, a Ponte Preta visita a Ilha.

O segundo gol do Atlético saiu aos 46 da etapa final. Em seguida, o árbitro deixou de marcar um pênalti em favor do Sport. Williams cruzou e a bola desviou no braço do adversário dentro da área. Ao final da partida, o trio de arbitragem teve que ser cercado por policiais, enquanto jogadores e dirigentes do Sport soltavam o verbo nos microfones. A revolta com a arbitragem poderia se estender à incompetência dos próprios jogadores. Mais uma vez, o Sport frustrou a expectativa criada após um bom início.

A atuação no primeiro tempo surpreendeu positivamente. Apesar das brechas na defesa e da chance clara de gol desperdiçada por Rithelly. Os velhos erros de sempre acabaram ofuscados pela organização tática da equipe. E pelo gol de Hugo. Aos 16 minutos, ele testou firme a bola levantada por Cicinho. Festa da pequena torcida rubro-negra presente no Independência. A princípio, momentânea. Depois, com o passar do tempo, o gol da desconfiança passou de mera esperança a alimentar uma chance real de vitória.

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No decorrer da primeira etapa, o Galo desperdiçou pelo menos duas grandes oportunidades com Marcos Rocha. Na volta para o segundo tempo, a pressão do Atlético era natural. Depois de tomar um calor nos primeiros 15 minutos, o Sport conseguiu se acomodar. As chances viriam aparecer. Uma delas seria a chance.

Ao ver Gilsinho entrar cara a cara com o goleiro, livre de marcação, aos 13 minutos do segundo tempo, o torcedor rubro-negro prendeu a respiração. O atacante teve tudo para fazer o segundo gol. Tempo, ângulo, visão. Só faltou qualidade mesmo. O chute rasteiro em cima de Giovanni prendeu o grito da torcida.

Àquela altura, outro gol encaminharia de vez a vitória rubro-negra. Decepção, frustração, irritação. Um misto de sentimentos se apossou do torcedor do Sport naquele momento. Foi como se ele pudesse reviver um velho filme. No Beira-Rio, o Leão vencia o Internacional por 2 a 0 quando Edcarlos perdeu um gol dentro da pequena área. Angustiados, Gilsinho e todos os seus companheiros viram o pior tomar forma aos 30 minutos.

O primeiro gol de Leonardo, de cabeça, aos 30 minutos, após belo lançamento de Ronaldinho, caiu como balde de água fria. O segundo nem se fala. A morte é lenta. A cada rodada, o Sport agoniza um pouco mais.

Atlético-MG 2
Giovanni; Marcos Rocha (Carlos César), Rafael Marques, Leonardo Silva e Júnior César; Leandro Donizete, Pierre, Escudero (Neto Berola) e Ronaldinho; Bernard e Jô (Leonardo). Técnico: Cuca.

Sport 1

Magrão; Cicinho (Renato), Ailson, Diego Ivo, Renê (Reinaldo); Tobi, Renan, Rithely (Williams), Hugo; Felipe Azevedo e Gilsinho. Técnico: Sérgio Guedes.

Local: Independência (Minas Gerais)
Árbitro: Flávio Rodrigues Guerra (SP)
Assistentes:  Rodrigo Henrique Correa (RJ) e Nadine Schramm Camara Bastos (SC)
Gols: Hugo (aos 16 min do 1º T)
Cartões amarelhos: Renê, Hugo, Magrão, Renato (S); Júnior Cesar (A)
Cartão vermelho: Hugo (S)